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Rafael Greca demonstra desejo de suceder Ratinho Jr. no governo do Paraná

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), manifestou interesse em se tornar governador do Paraná, sucedendo Ratinho Jr (PSD), que concluirá seu segundo mandato em janeiro de 2027. Em entrevista ao jornal O Globo, Greca relatou que foi chamado pelo governador para discutir uma possível ‘parceria’ em dezembro. Durante a campanha eleitoral recente, Greca também mencionou sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e reafirmou críticas feitas ao ex-presidente durante a crise da Covid-19.

Em Curitiba, o PSD, sob influência de Greca, elegeu Eduardo Pimentel (PSD) como prefeito, apesar do apoio oficial de Bolsonaro e da declaração de apoio de Bolsonaro à candidatura da jornalista Cristina Graeml (PMB). Greca comentou: “Eu tendo eleito meu sucessor e tendo sido três vezes prefeitos de Curitiba, tenho vontade de seguir adiante. Havendo consenso partidário pode ser que eu passe a sonhar a ser governador do Paraná. Quem não tem este sonho de servir o estado”.

Quando questionado sobre o apoio do governador para uma futura candidatura estadual, Greca afirmou que Ratinho Jr. o convidou para trabalhar em seu governo: “Eu e o governador Ratinho temos uma estética e ética ‘paranaentista’. O governador me convidou para trabalhar com ele e vamos discutir em dezembro como ele vê a possibilidade desta parceria. Farei o que me for designado”. Em relação a uma possível disputa com o senador Sergio Moro (União), Greca declarou: “Entendo que temos vantagem sobre eles. O que estou querendo agora é usar este pedestal que nos deu a eleição de Pimentel para nós darmos um saldo para o futuro”.

Sobre o apoio de Bolsonaro tanto a Pimentel quanto a Cristina Graeml durante as eleições, Greca disse que sua relação com o ex-presidente nunca foi desarmoniosa, mas expressou surpresa com as críticas de Bolsonaro às vacinas: “Nunca tive uma relação desarmoniosa com Bolsonaro. Sempre procurei servi-lo bem, quando era presidente, pelo dever republicano de atender quem estiver em Brasília. Minha única divergência com ele foi o momento em que ele discordou da campanha nacional de vacinação, o que não entendi porque ele comprou as vacinas, mas falava mal delas. Me assustou”. Greca acrescentou: “Se eu disse alguma inverdade, peço desculpas… mas tudo que eu disse, pelo o que eu me lembro, era exatamente o que ele dizia nos famosos pronunciamentos no cercadinho do Alvorada.”

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