O Rio Grande do Sul registra, até o momento, a presença de 722 abrigos temporários devido às intensas chuvas, inundações e enxurradas desde o final de abril. Segundo levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do estado com base em informações das secretarias municipais de Assistência Social, há 81.170 pessoas abrigadas no RS, afetando 446 dos 497 municípios gaúchos.
O número de abrigos e desabrigados pode variar conforme a situação muda. O secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, explicou que os abrigos operam de acordo com a demanda, que é constantemente alterada.
O estado ainda enfrenta mau tempo, com previsão de novas chuvas fortes no domingo (15), elevando novamente o nível do lago Guaíba, em Porto Alegre.
O levantamento também visa avaliar a infraestrutura e as necessidades de cada abrigo, com a participação de diversos órgãos, incluindo o Ministério do Desenvolvimento Social, a Defesa Civil e o Unicef.
As prioridades incluem acesso à água potável, medicamentos, itens de cozinha, cobertores, materiais de limpeza e higiene. Uma análise preliminar em 96 abrigos revelou a presença significativa de gestantes, população indígena ou quilombola, e migrantes.
Os dados indicam que a maioria dos abrigos possui banheiros funcionais em quantidade suficiente, espaços de lazer para crianças, áreas de produção de alimentos e equipes de segurança, saúde e atendimento psicossocial.
Até a última sexta-feira (9), quase 2 mil toneladas de doações foram enviadas aos desabrigados via órgãos federais, excluindo as doações de pessoas físicas e empresas.
O governo estadual reporta 143 mortes causadas pelas intempéries, com enchentes e enxurradas, além de 125 desaparecidos e 537.380 desalojados.