De acordo com o Simepar, áreas ao redor de Apucarana, Umuarama, Cianorte, Santo Antônio da Platina, Foz do Jordão, Marquinho e Sertanópolis estão entre as que apresentam condições mais favoráveis para contemplar o espetáculo celeste. Uma chuva de meteoros, conhecida como Líridas, terá seu ápice na madrugada do dia 22 de abril, por volta das 2h. O evento, popularmente chamado também de avistamento de estrelas cadentes, tem uma média estimada de 15 meteoros por hora. Para aproveitar o espetáculo, os observadores deverão procurar um horizonte Norte livre de poluição luminosa, já que locais mais escuros aumentam as chances de visualização.
No Paraná, embora a visibilidade não esteja totalmente garantida, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) destaca que, em áreas ao redor de municípios como Apucarana, Umuarama, Cianorte, Santo Antônio da Platina, Foz do Jordão, Marquinho e Sertanópolis, pode haver possibilidade de contemplar o fenômeno, especialmente em locais com menor interferência de luz artificial. “Nas regiões do Norte Pioneiro, Norte Central, Noroeste, Oeste, Sudoeste e Centro-Sul, a previsão indica predomínio de nebulosidade alta, caracterizada por nuvens mais elevadas e menos espessas, o que pode permitir aberturas pontuais no céu na noite de segunda e madrugada de terça-feira. Já entre os Campos Gerais, Sudeste, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral, a maior concentração de nuvens deverá impossibilitar a visualização do fenômeno”, explica Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar.
A chuva de meteoros Líridas ocorre em razão da passagem da Terra, entre os dias 21 e 22 de abril, pela órbita do cometa Thatcher, descoberto em 1861. Os fragmentos que compõem esta chuva de meteoros são resquícios deixados por este cometa enquanto orbita o Sol. Este evento astronômico recebe o nome de Líridas em referência à constelação de Lyra, que é considerada o radiante da chuva, ou seja, o ponto no céu de onde os meteoros parecem se originar. Apesar do espetáculo visual oferecido pelos fragmentos ao entrarem na atmosfera terrestre, não há qualquer risco para o nosso planeta, assegura o coordenador do Observatório Astronômico e Planetário (OACEP) do Colégio Estadual do Paraná, Professor Amauri José da Luz Pereira. “Os detritos sólidos deixados ao longo da órbita desse cometa adentram a atmosfera terrestre com velocidades a partir dos 3.000 km/h podendo chegar à incrível marca de 150.000 km/h. Devido a essa velocidade supersônica e ao atrito provocado por isso com a atmosfera, esses detritos manifestam um fenômeno por frações de segundos conhecido como meteoros ou estrelas cadentes e, normalmente, quando entram na Terra, se desintegram”, afirma Pereira.
Por apresentar um radiante abaixo de 20 meteoros por hora, a chuva de meteoros Líridas não figura na tabela de eventos de 2025 do Observatório Astronômico e Planetário. No entanto, há um calendário com as próximas chuvas de meteoros para os entusiastas da observação do céu que desejam se planejar e acompanhar outros eventos astronômicos futuros.