A escassez de placas com as letras A e B levou o Detran-PR a adotar novas sequências alfanuméricas para emplacamentos no Paraná. Após incorporar placas com início em R e S nos últimos anos, o estado agora utilizará as combinações TAI a TAZ e TBA a TBZ, disponibilizando 439.956 novas unidades para registro.
Nos últimos 30 anos, ter um carro com “Placa A” era visto como sinal de procedência, embora isso não garantisse nada, carros emplacados em Curitiba/Paraná eram mais valorizados por compradores criteriosos.
Essa percepção mudou com o aumento de emplacamentos. No ano passado, foram emplacados 455.548 veículos no Paraná, uma média de 391 mil por ano. Em 2024, até maio, já foram registrados 182.362 veículos. Em Curitiba, foram 155.533 emplacamentos em 2023 e 58.463 até maio deste ano, uma média de 21 mil mensais.
A sequência de placas começou em 1990, com o Paraná sendo o primeiro estado brasileiro a receber a série AAA-0001 a BEZ-9999, que durou 30 anos. Em 2020, o estado solicitou e foi autorizado a usar a série RHA-0001 a RHZ-9999, com aproximadamente 250 mil placas. A última sequência, de SDP-0A01 a SFO-9J99, adicionada em 2022, ofereceu 519.948 unidades.
Cidadãos podem escolher sua combinação de placa mediante pagamento adicional de R$ 150,00, exclusivo para carros zero quilômetros. Os recursos são destinados a projetos sociais no estado. Quem não desejar escolher a combinação recebe a placa conforme a ordem sequencial do Detran.
Histórico das Placas
As placas de veículos organizadas por sequência numérica começaram em 1901 e seguiram até 1941. O modelo tinha fundo preto com caracteres brancos, iniciando com “A” para veículos de aluguel e “P” para particulares. De 1941 a 1969, as cores foram alteradas: fundo amarelo para carros particulares e fundo vermelho para carros de aluguel. Nesse período, as placas eram emitidas pelas prefeituras.
Em 1969, com o aumento da frota e necessidade de segurança, o fundo passou a ser amarelo com letras pretas e iniciou-se o uso do lacre, administrado pelos estados. Essa mudança durou até 1989. Devido a problemas com placas duplicadas, o governo federal unificou o sistema de controle com o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) em 1990, com o Paraná sendo pioneiro. Outros estados aderiram até 1999.
As placas no sistema Renavam têm cores diferentes conforme a categoria e espécie do veículo. Para aumentar a segurança e atender à Resolução 729/2018 do Contran, os estados adotaram a placa Mercosul, criada para reconhecimento e utilização por todo o sistema Mercosul.