Nesta segunda-feira (22), mais de três mil trabalhadores da fábrica da Renault em São José dos Pinhais participaram de uma assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. O encontro ocorreu na troca de turno do início da tarde e teve como objetivo relembrar a greve dos 747 Renault, que completou quatro anos no último domingo, 21 de julho.
A greve de 2020 foi uma resposta aos desligamentos de mais de 700 trabalhadores durante a pandemia da Covid-19, e resultou em uma significativa vitória judicial para os empregados. A Justiça do Trabalho reconheceu a ilegalidade das demissões e ordenou a readmissão de todos os trabalhadores afetados. Além disso, os metalúrgicos conseguiram um pacote salarial para quatro anos, que inclui a data-base e a Participação de Lucros e Resultados (PLR).
A decisão judicial foi enfática quanto às ações da empresa. A juíza Sandra Mara observou: “A empresa optou por romper com as tratativas coletivas e dispensar de forma ilícita mais de 700 trabalhadores. Tal fato se extraí da própria carta enviada pela ré (Renault). Além do descumprimento do compromisso firmado frente ao Ministério Púbico do Trabalho – MPT, este juízo entende que a dispensa coletiva sem prévia negociação coletiva viola garantias constitucionais”. E concluiu: “Declara-se a nulidade das 747 dispensas, determinando-se a imediata reintegração dos trabalhadores dispensados na data de 21 de julho de 2020, sob pena de multa diária no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais)”. A decisão foi proferida no dia 5 de agosto, concedendo ganho de causa ao Sindicato e aos trabalhadores.
A decisão foi proferida dia 5 de agosto, a juíza deu ganho de causa para o Sindicato e os trabalhadores.
