Um homem de 36 anos foi preso em Pontal do Paraná, no Litoral do estado, por comercializar carne sem procedência e imprópria para consumo. A abordagem ocorreu nesta quarta-feira (19), durante uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Vigilância Sanitária, quando foram apreendidos cerca de 161 quilos de carne armazenados de maneira irregular na residência do suspeito.
As investigações foram iniciadas após a Vigilância Sanitária identificar a venda de carnes a preços abaixo da média de mercado e com procedência duvidosa. As mercadorias eram publicadas em redes sociais e entregues diretamente aos compradores, por meio de negociações feitas em aplicativos de mensagem, sem que houvesse um estabelecimento físico.
De acordo com o delegado da PCPR, Anderson Franco, a residência onde as carnes eram mantidas funcionava como depósito e apresentava diversas irregularidades. “Durante as investigações, encontramos o local de armazenamento, onde a carne estava acomodada em diversos freezers sem condições de higiene, violando normas regulamentares, como a licença sanitária e a presença de um responsável técnico (médico veterinário)”, afirmou o delegado.
A Vigilância Sanitária analisou os produtos apreendidos no local e determinou sua inutilização. “A vigilância sanitária inspecionou a carne apreendida, confirmando que estava imprópria para consumo e determinou sua destruição”, acrescentou Anderson Franco.
Em depoimento à Polícia Civil, o homem confessou que não possuía empresa registrada nem autorização para comercializar os produtos. Ele informou que adquiria a carne por aproximadamente R$ 17 o quilo, sem documentos fiscais ou comprovação de origem, e revendia pelo valor de R$ 24 o quilo. “Informou ainda que estava há dois meses no negócio e que vendia aproximadamente 50 quilos por semana. Durante as buscas, também foi encontrado um tablete de cerca de 19 gramas de maconha, que o suspeito alegou ser para consumo próprio”, completou o delegado.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de comercialização de mercadoria imprópria para o consumo, cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão. A Vigilância Sanitária confirmou que toda a carne apreendida foi destinada à destruição.