Nas eleições municipais deste ano, pela primeira vez, candidatos ao cargo de vereador não podem concorrer por meio de coligações. O fim das coligações na eleição proporcional foi aprovado pelo Congresso Nacional por meio da reforma eleitoral de 2017. Agora, quem disputa uma cadeira na Câmara Municipal só pode participar do pleito em chapa única, do partido ao qual é filiado.
Na eleição proporcional, é o partido que recebe as vagas e não o candidato.
Na eleição proporcional, é o partido que recebe as vagas e não o candidato. Ou seja, o eleitor escolhe um dos concorrentes apresentado por um partido. Estarão eleitos os que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% do Quociente Eleitoral (QE), tantos quantos o respectivo Quociente Partidário (QP) indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.
O QE é determinado pela divisão da quantidade de votos válidos apurados pelo número de vagas a preencher, desprezando-se a fração, se igual ou inferior a 0,5, ou arredondando-se para 1, se superior. A partir daí, analisa-se o QP, que é o resultado do número de votos válidos obtidos pelo partido dividido pelo QE. O saldo da conta corresponde ao número de cadeiras a serem ocupadas.
As vagas não preenchidas com a aplicação do QP e a exigência de votação nominal mínima serão distribuídas entre todos os partidos que participam do pleito, independentemente de terem ou não atingido o QE, mediante observância do cálculo de médias. A média de cada legenda é determinada pela quantidade de votos válidos a ela atribuída dividida pelo respectivo QP acrescido de 1. À agremiação que apresentar a maior média cabe uma das vagas a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima.
Por fim, depois de repetida a operação, quando não houver mais partidos com candidatos que atendam à exigência de votação nominal mínima, as cadeiras deverão ser distribuídas às legendas que apresentem as maiores médias.
ELEIÇÃO MAJORITÁRIA
Para o cargo de prefeito, continua sendo possível a união de diferentes partidos em apoio a um candidato. Nesse modelo de representação majoritária, são eleitos aqueles que obtiverem a maioria dos votos, não computados os brancos e os nulos.
Em caso de empate, aplica-se o critério de maioridade para desempatar a disputa. E, nos municípios com mais de 200 mil eleitores, se nenhum candidato a prefeito alcançar a maioria absoluta no primeiro turno, será realizada nova eleição, em segundo turno, com a participação dos dois mais votados.
De acordo com a Resolução TSE n° 23.609/2019, que disciplinou as regras para o registro de candidaturas, “é facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações apenas para a eleição majoritária”. Nesse caso, as legendas que compõem uma coligação escolheram um nome e passaram a obedecer a obrigações e prerrogativas de uma agremiação, ou seja, funcionando como um só partido político no relacionamento com a Justiça Eleitoral.
O QUE É ELEIÇÃO PROPORCIONAL?
A eleição para escolher os componentes do Legislativo se chama proporcional porque há uma proporcionalidade na divisão do número de vagas. Quantos mais votos um partido ou seus candidatos receberem, mas cadeiras eles podem ocupar. Se o eleitor não quiser votar em um concorrente ao cargo de vereador, pode votar na sigla digitando o número dela no espaço destinado ao candidato a vereador.