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Primeira mulher a receber o 'Botão de Pânico' luta para retomar a vida após episódio de violência

Em um ato simbólico e efetivo, durante o lançamento da Patrulha Maria da Penha, uma das vítimas de agressão – na qual iremos preservar o nome –  foi a primeira mulher do município a ter o Botão de Pânico liberado em seu celular. Com medo de novas agressões, a vítima recorreu à Justiça, que concedeu o acesso ao dispositivo como uma das medidas protetivas.

No dia do crime, ocorrido no ano passado, o agressor desferiu vários golpes de faca em sua cabeça. Devido à gravidade dos ferimentos, ela deu entrada na UTI onde permaneceu internada por mais de um mês. Fora o trauma físico provocado pelo agressor, ela foi obrigada a se mudar da casa onde morava, no Jardim Paulista, por medo de novos ataques. Se não bastasse, a mãe dela, ao presenciar toda a agressão na época, passou mal e veio a falecer do coração.

Muito emocionada, ela comentou como tem sido a luta para retomar a vida que tinha antes do episódio de violência doméstica. “É muito difícil a gente chegar nesse momento. Tive que mudar de endereço, a minha vida muito muito de um ano pra cá. Precisei fazer cirurgias para reconstrução da face e até hoje convivo com sequelas”, relata.

Por mais difícil que esteja sendo todo o processo de recuperação, ela demonstra que recebeu todo acolhimento necessário e se sente mais confiante com o novo amparo tecnológico. “Me sinto acolhida e acredito que esse dispositivo vai ajudar muitas outras mulheres vítimas de violência no município”, conclui.

O agressor nesse caso foi julgado e teve condenação de 64 anos de prisão. Um novo julgamento está para acontecer em breve com a intenção de reaver a pena aplicada.

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