O jornalista e apresentador Cid Moreira, uma das vozes mais emblemáticas da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, em Teresópolis, Rio de Janeiro. O veterano da comunicação estava internado há semanas devido a uma pneumonia, agravamento que levou à sua morte. Nascido em 27 de setembro de 1927, em Taubaté, São Paulo, Cid Moreira completou 97 anos recentemente.
Com uma carreira que se iniciou no rádio em 1944, Cid Moreira rapidamente se destacou pela sua voz marcante e presença sólida na mídia. Seu nome tornou-se sinônimo de credibilidade e referência na televisão brasileira, especialmente a partir de 1969, quando assumiu o posto de âncora do Jornal Nacional. Ao longo de 26 anos à frente do telejornal, apresentou mais de 8 mil edições, sendo uma figura central na comunicação de notícias para os brasileiros.
Além de seu trabalho no Jornal Nacional, Moreira também foi narrador de reportagens do Fantástico e de outras produções especiais da Rede Globo. Sua voz única tornou-se parte da memória afetiva de várias gerações, sendo reconhecida e respeitada por sua clareza, autoridade e serenidade.
Após deixar a bancada do Jornal Nacional em 1996, Cid Moreira não se afastou totalmente da televisão. Ele continuou a contribuir com a leitura de editoriais no próprio telejornal que o consagrou. Mesmo com o passar dos anos, sua relevância no cenário do telejornalismo permaneceu intacta, sendo considerado um ícone da comunicação no Brasil.
A morte de Cid Moreira representa o fim de um ciclo importante no jornalismo brasileiro. A trajetória de um profissional que, por mais de sete décadas, ajudou a moldar a maneira como os brasileiros consumiam informação, deixa um legado inegável e um vazio difícil de ser preenchido.