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Mês da Prematuridade destaca importância dos pais na UTI Neonatal no Paraná

Um aperto no peito, uma angústia, ansiedade, uma vontade de estar por perto. Esses são os sentimentos mais comuns de pais que têm seus bebês recém-nascidos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs), devido à prematuridade. Quando um bebê nasce antes de completar 37 semanas de gestação, ele é considerado prematuro, necessitando de maior cuidado e atenção. O Novembro Roxo celebra a prematuridade, movimento mundial que visa a sensibilização e enfrentamento dos desafios associados aos nascimentos prematuros. O tema para 2024 é “Acesso a cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares”.

A permanência dos pais nas UTINs com seus bebês prematuros é assegurada por lei. O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tem reforçado essa garantia de direitos em todos os serviços dessa área. Além de participar nos cuidados dos recém-nascidos, a presença dos pais fortalece o vínculo e é fundamental para a recuperação e alta do bebê.

Dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, indicam que, dos 81.496 nascidos vivos no Paraná entre janeiro e agosto deste ano, 9.724 (11,93%) são prematuros, incluindo 423 casos de prematuridade extrema, onde o nascimento ocorre antes de 28 semanas de gestação. Patricia Anny Baptista foi “Mãe de UTI”. Durante 140 dias, permaneceu ao lado da filha, acompanhando seu progresso. A bebê, caso de prematuro extremo, nasceu com 29 semanas e 540 gramas, em novembro de 2017, em Curitiba. “Tive atendimento psicológico na UTI enquanto minha filha esteve internada. Eu e o pai da Camila enfrentamos inúmeros problemas de saúde, paradas cardíacas. Pai e mãe não podem e nem devem ser visitas. O acompanhamento com o bebê fez toda a diferença”, relembra Patrícia. “Quando temos alta hospitalar, voltar para casa sem o bebê é a pior parte”.

O Brasil é o 10º país com mais partos prematuros no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais que um direito reconhecido pela Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que os pais podem permanecer todo o tempo com seus filhos. “Esse tema envolve muita emoção, expectativa, por isso o olhar atento é tão importante. A prematuridade tem grande impacto na mortalidade infantil sendo considerada problema de saúde pública com efeitos diretos sobre o desenvolvimento global da criança”, enfatiza Fernanda Crosewski, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa.

CAPACITAÇÃO – A Sesa realizará no dia 26 de novembro, no Museu Oscar Niemeyer, uma capacitação multiprofissional em saúde, abordando várias temáticas, como: alta qualificada como cuidado compartilhado para seguimento na Atenção Primária em Saúde (APS), comunicação efetiva com os pais, vacinação para prematuros e atualização na reanimação neonatal.

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