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Mais de 300 casos de coqueluche no Paraná levam autoridades a intensificar vacinação

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou na quarta-feira (4) um novo boletim epidemiológico apontando o aumento dos casos de coqueluche no Paraná. Desde o início do ano, foram registrados 302 casos e um óbito, levando as autoridades a alertarem sobre a importância da vacinação para prevenir a doença, que é altamente transmissível.

A maioria dos casos confirmados está na 2ª Regional de Saúde Metropolitana, com 185 registros, seguida da 3ª Regional de Ponta Grossa (35), 17ª Regional de Londrina (19) e 1ª Regional de Paranaguá (16). O único óbito ocorreu em Londrina, e outros quatro estão sendo investigados.

Em comparação com anos anteriores, os números deste ano representam um aumento significativo. Em 2019, o Paraná teve 101 casos de coqueluche, e nos anos seguintes os números diminuíram, atingindo apenas cinco casos em 2022. No entanto, o número subiu para 17 em 2023 e para 302 em 2024, sinalizando uma necessidade urgente de reforço vacinal.

Doença e prevenção

A coqueluche é uma infecção que afeta as vias respiratórias, causando tosse severa e falta de ar. Uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outras. A transmissão ocorre pelo contato com gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar, principalmente de pessoas não vacinadas.

Os sintomas iniciais são semelhantes aos de um resfriado comum, incluindo febre, tosse e dores no corpo, mas a falta de tratamento pode agravar a tosse. A doença afeta especialmente crianças e bebês de até seis meses, tornando a vacinação crucial. O imunizante está disponível nos postos de saúde e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS.

“Os municípios estão abastecidos com as vacinas necessárias para proteger as crianças. O Ministério da Saúde já emitiu uma nota técnica alertando sobre o aumento da coqueluche no país, e o Paraná está vigilante”, disse o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

Cobertura vacinal

A imunização contra a coqueluche ocorre por meio das vacinas pentavalente e DTPA. A pentavalente é aplicada em três doses: aos dois, quatro e seis meses. O reforço com DTPA é dado aos 15 meses e aos quatro anos de idade. Atualmente, a cobertura vacinal no Paraná está em 88,73% para a pentavalente e 86,12% para a DTP. A vacina DTPA para trabalhadores da saúde e educação registra uma cobertura de 68,93%.

Ações e capacitação

A Sesa tem intensificado ações para conter a disseminação da coqueluche, como emissão de notas de alerta, capacitações para profissionais da saúde e busca ativa de gestantes e crianças para atualização das vacinas. Além disso, são aplicadas medidas de controle de visitas a recém-nascidos, investigação rápida de casos suspeitos e vacinação de trabalhadores da saúde e educação que lidam com gestantes, puérperas e crianças menores de quatro anos.

Capacitações também estão sendo realizadas. Na segunda-feira (3), a 21ª Regional de Saúde de Telêmaco Borba organizou um evento com 174 profissionais para discutir o diagnóstico, tratamento e vigilância da coqueluche.

Foto: SESA-PR

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