O Corpo de Bombeiros do Paraná iniciou na tarde deste sábado, dia 25, as ações de combate a um incêndio nos campos e várzeas do entorno da Represa do Iraí, em Quatro Barras. O fogo foi controlado. Até o início da tarde deste domingo, dia 26, não havia registro de novos acionamentos. A represa, que sofre com a estiagem que atinge todo o estado, é uma das principais para o abastecimento de água de Curitiba e municípios vizinhos.
“Seguimos acompanhando e avaliando o local para agir se houver novo acionamento”, disse o tenente Bruno Vírtoli de Mattos, oficial da área do 6º Grupamento.O combate ao fogo foi feito por uma equipe do 6º Grupamento do CB, de São José dos Pinhais, com apoio do Grupo de Operações de Socorro Tático, de Curitiba, segundo informou a assessora de Comunicação Social da corporação, 1º tenente Camila Mahmoud.
O local é de difícil acesso e uma aeronave do Batalhão da Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) dá suporte à operação, transportando os profissionais para a área atingida. As equipes chegaram ao local pela manhã e à tarde iniciaram o trabalho para combater o fogo.
O incêndio começou quinta-feira, dia 23, e desde então vem sendo monitorado pelo Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e voluntários da Federação Paranaense de Montanhismo.
No sábado houve expansão, chegando já à divisa de Quatro Barras com Piraquara, com adensamento da fumaça, o que indica agravamento da situação. As causas e a dimensão da área afetada ainda estão sendo apuradas.
O incêndio não foi na área de abrangência da Sanepar na Represa do Iraí. Mas a bióloga Ana Cristina do Rego Barros, gestora de Educação Ambiental da Sanepar, acompanha a situação e destaca o impacto ambiental. “Embora não haja residências na área, há prejuízos em qualidade do ar e em disponibilidade hídrica, já que a vegetação ajuda a reter água no solo, o que é essencial neste período de forte estiagem. Além disso, o incêndio afeta a flora e a fauna local. A perda do habitat é muito grande”. O ecossistema abriga anfíbios, répteis, aves, aves aquáticas e insetos.
Ana Cristina lembra, ainda, que o incêndio pode prejudicar ainda mais a situação da Represa do Iraí, que hoje, em função da estiagem, já está a 40% de seu volume normal. “O ressecamento do solo no entorno pode agravar a situação”.