A Estação de Pesquisa em Agroecologia do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, é um exemplo vivo do potencial do bambu. Estruturas como estufas, galinheiro, pocilga para suínos, curral para bezerros, barracas de feira e exposição são construídas com esse material, tornando as obras mais acessíveis e sustentáveis.
A diversidade do bambu permite uma variedade de construções, substituindo a madeira de forma econômica e ecológica. Nailton de Lima, especialista em bambu e auxiliar técnico do IDR-Paraná, destaca que a bambuzeria da estação funciona como uma vitrine, demonstrando as múltiplas possibilidades de uso desse recurso.
Apesar de sua longa história e ampla diversidade, o bambu ainda não atingiu seu potencial máximo no setor industrial. Juliana Cortez, presidente da Associação Brasileira do Bambu (BambuBR), destaca a importância de fóruns, leis estaduais e parcerias para promover o potencial dessa planta.
O bambu é uma alternativa renovável com múltiplos usos, oferecendo benefícios econômicos, sociais e ambientais. Sua rápida regeneração e longevidade tornam-no uma excelente opção para agricultores familiares. No entanto, a falta de compreensão e conhecimento ainda é um obstáculo para sua adoção em larga escala.
O professor Nailton ressalta a importância do manejo adequado para garantir a sustentabilidade do bambuzal. Ele destaca também a necessidade de educação sobre o potencial do bambu e suas diversas aplicações.
Apesar dos desafios, produtores como Fábio Remuszka veem no bambu um mercado promissor. A falta de mão de obra qualificada e o desconhecimento do mercado ainda são obstáculos a serem superados. No entanto, com educação, parcerias e conscientização, o bambu pode se tornar uma importante fonte de renda e sustentabilidade para o Brasil.