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Imagem de destaque - Brasil visa criar moeda comum para facilitar negociações de energia com o Paraguai, informa Itaipu

O Brasil está em negociações para deixar de usar o dólar como moeda na comercialização da energia da usina hidrelétrica de Itaipu com o Paraguai.

“Propomos a saída da dolarização em Itaipu. Essa é uma tendência que o presidente Lula tem enfatizado em todas as operações com nossos parceiros internacionais, visando sair da dependência do dólar e adotar uma única moeda para as negociações internacionais, a comercialização da energia de Itaipu está alinhada a esse conceito”, declarou Verri.

Essa iniciativa faz parte das negociações do “anexo C” do Tratado de Itaipu, que estabelece as regras para a comercialização da energia gerada pela usina. Segundo o acordo entre os dois países, o “anexo C” poderia ser revisado após 50 anos de vigência, completados em 2023, e recentemente Brasil e Paraguai comprometeram-se a concluir a negociação até 31 de dezembro de 2024.

Atualmente, a energia de Itaipu custa US$ 17,66 por quilowatt ao mês (kW-mês), de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Outro aspecto discutido na renegociação do “anexo C” de Itaipu é a venda do excedente de energia do Paraguai no mercado livre a partir de 2027. Esse mercado permite que as empresas escolham seus fornecedores. Essa medida foi acordada entre os governos brasileiro e paraguaio, desbloqueando a negociação do “anexo C”.

Atualmente, o Brasil compra exclusivamente o excedente de energia gerada pelo lado paraguaio, que é adquirida pelas distribuidoras de energia do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com o fim dessa obrigação, o Brasil poderá calcular seu próprio preço e oferecer aos consumidores brasileiros a tarifa resultante. Por sua vez, o Paraguai venderá essa energia no mercado livre.

Além disso, o Paraguai planeja abrir um escritório no Brasil para vender a energia gerada pelas hidrelétricas Acaray e Yacyretá, também binacionais. Isso visa entender melhor o mercado brasileiro, preparando-se para oferecer seu produto a partir de 2027. Essa estratégia também se relaciona à perspectiva de abertura do mercado livre brasileiro a todos os consumidores, inclusive residenciais, até 2030, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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