Atílio Sbrissia Junior, de 60 anos, é um motorista aposentado da Viação Castelo Branco. Além da experiência como motorista do transporte público, ele tem um táxi desde a década de 90, em Campina Grande do Sul, e, às vezes, ainda dirige o táxi do filho, em Quatro Barras.
Ele saiu de Bocaiúva do Sul, sua cidade natal, aos 24 anos de idade, quando casou com a Cleidemar Dupinski, sua esposa, e fixou residência no Jardim Paulista. “Eu conhecia a minha esposa desde criança, ela morava na Colônia Maria José. Até então, eu trabalhava com meu pai, Atílio Sbrissia (in memoriam), na lavoura. Minha mãe, Davina Mocelin (in memoriam), era professora, inclusive, me deu aula também”.
Ao chegar a Campina, Atílio conta que trabalhou na Eternit e na Distribuidora Zanlorenzi. Mas, a maior parte do tempo foi motorista de ônibus da Viação Castelo Branco. “Trabalhei com quase todas as linhas aqui da região. No início, eram apenas uns oito ônibus que faziam toda a região. Onde hoje é o Eugênia Maria, naquela época não existia; o Jardim Paulista não era nem a metade do que é hoje, nenhuma rua tinha asfalto”. Ele conta que batalhou muito em Campina. “No início, ganhava um salário baixo. Não foi fácil, mas consegui formar os dois filhos, que hoje são empresários”.
“Vale a pena persistir e lutar pelo que queremos”.
O táxi surgiu na vida de Atílio no final da década de 90, quando ele ganhou uma concessão do então prefeito, Elerian (Toco) Zanetti. “Isso é algo que marcou muito a minha vida, pois ele me deu porque conhecia a minha reputação, de um homem trabalhador e honesto”.
Atílio ainda tem o táxi, que roda apenas no município. “Desde o início eu encontrei um funcionário para dirigir o táxi pra mim, Paulo Alves Macedo, que está comigo até hoje”. Há quatro anos morando em Quatro Barras, hoje, aposentado, ele ainda trabalha com o táxi do filho.
“Vale a pena persistir e lutar pelo que queremos. Hoje eu desfruto daquilo pelo que trabalhei a vida inteira. Lutei pela minha família, para ser o que é hoje. Tenho muitos amigos e uma história bonita para contar”.
LEGENDA: Ele é aposentado como motorista do transporte público e tem um táxi desde os anos 90