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Acidentes de trânsito no Paraná geram alto custo ao SUS e exigem mais conscientização

Os acidentes de trânsito impactam diretamente toda a sociedade brasileira, indo além das pessoas diretamente envolvidas em colisões ou quedas, especialmente de motocicletas. Apenas no Paraná, os sinistros envolvendo motos em 2024 geraram um custo estimado de R$ 13,4 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Um levantamento realizado pelas Associações Brasileiras de Medicina do Tráfego (Abramet) e Medicina de Emergência (Abramede), em apoio à campanha Maio Amarelo 2025, revelou que o Paraná liderou o número de internações na região sul do Brasil, com 98.539 casos, seguido por Santa Catarina, com 71.794. Em média, 269 pessoas foram internadas por dia no Paraná devido a acidentes de trânsito, o que equivale a 11 pessoas feridas por hora, ou a um caso a cada 5 minutos e 20 segundos.

Os dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) do Paraná também destacam que os acidentes envolvendo motociclistas são responsáveis pela maior parte das internações, com 8.007 casos registrados em 2024. Contudo, o número real pode ser maior, já que algumas vítimas não buscaram atendimento médico formal. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, descreveu o cenário como preocupante: “Vivemos uma epidemia de violência no trânsito. Ela é diferente de outras como a dengue ou doenças, e que pode ser reduzido. Cada sinistro representa uma vida impactada, uma família abalada e um custo elevado para o sistema público de saúde. A segurança no trânsito é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. Estamos comprometidos em salvar vidas e promover uma verdadeira cultura de paz nas ruas e estradas do Paraná. A prevenção e a conscientização são os caminhos mais eficazes para mudar esse cenário.”

Até a última semana de 2025, foram registradas 573 internações envolvendo motociclistas no Paraná, resultando em um custo aproximado de R$ 838 mil. As faixas etárias mais atingidas por esses acidentes foram adultos entre 30 e 59 anos, seguidos por jovens de 15 a 29 anos. Curitiba foi líder em ocorrências com motos em 2024, registrando mais de sete mil acidentes, equivalente a uma média de 19 por dia. A frota de motocicletas na capital paranaense cresceu em 47 mil unidades de 2023 para 2024, evidenciando o aumento de riscos nas vias.

Ainda em 2024, Curitiba registrou 141 mortes no trânsito, uma redução de 5,4% em relação a 2023, marcando o menor número de óbitos desde 2011. Apesar da queda, o índice ainda é elevado, com 32 mil sinistros registrados, o que significa um acidente a cada 16 minutos. O cruzamento mais perigoso da cidade, localizado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), entre a Rua Eduardo Sprada e a Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, apresentou 70 ocorrências no ano. O segundo ponto mais perigoso, o cruzamento entre a Rua Tibagi e a Avenida Visconde de Guarapuava, contabilizou 64 acidentes, conforme dados do Batalhão de Polícia de Trânsito (Bptran). A maioria das ocorrências foi de colisões traseiras e laterais, sugerindo desatenção por parte dos motoristas.

Mesmo com a redução significativa no número de mortes no trânsito em Curitiba, que chegou a 300 há uma década, a conscientização e a educação dos motoristas permanecem essenciais. “Essas pessoas que perderam as vidas no trânsito fazem falta para a sociedade, mas principalmente fazem falta para as suas famílias. Precisamos continuar lutando por mais educação, conscientizar os motoristas de que é fundamental respeitar a sinalização e as normas para chegar bem e com segurança e assim alcançarmos morte zero no trânsito”, afirmou Bruno Pessutti, superintendente de Trânsito da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito.

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