O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação, planeja ampliar o programa Parceiro da Escola a partir de 2025, conforme um projeto de lei que será encaminhado aos deputados estaduais na próxima semana. O objetivo é aprimorar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas por meio de parcerias com empresas especializadas em gestão educacional.

Essas empresas ficarão responsáveis pelo gerenciamento administrativo e pela gestão de terceirizados, como os serviços de limpeza e segurança.

O programa será implementado após consulta pública à comunidade escolar, seguindo um modelo similar ao das consultas cívico-militares, em um processo democrático. Está prevista a consulta em 200 escolas de aproximadamente 110 cidades, identificadas com potencial de aprimoramento em termos pedagógicos, visando a redução da evasão escolar.

O objetivo principal do Parceiro da Escola é permitir que diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos. Os diretores, professores e funcionários efetivos serão mantidos, enquanto as vagas restantes serão preenchidas pela empresa parceira, garantindo a equivalência salarial com os praticados pelo Estado do Paraná. A gestão pedagógica permanecerá sob responsabilidade do diretor concursado.

As empresas serão contratadas em lotes, mediante edital, por um período específico ainda a ser definido. O projeto prevê investimento similar ao atualmente praticado nas escolas que passarão pela mudança.

Nas escolas participantes, além dos serviços já oferecidos pela rede estadual, haverá um gestor administrativo, acompanhamento nutricional e educadores adicionais, incluindo para o contraturno, visando garantir o atendimento aos estudantes em sala de aula, especialmente em situações de ausência de professores. Além disso, os estudantes receberão gratuitamente kits de uniforme escolar.

O programa, que já opera desde o início do ano passado com 2,1 mil estudantes em duas escolas da rede estadual, visa a maximizar o progresso acadêmico dos estudantes e a qualidade geral da educação. Roni Miranda, secretário da Educação, destaca que os resultados nas escolas que já participam do programa são satisfatórios.

A avaliação das escolas parceiras será realizada continuamente, abrangendo aspectos qualitativos dos serviços oferecidos, níveis de satisfação da comunidade escolar e o cumprimento de metas propostas pelo Estado. O programa não abrange escolas indígenas, comunidades quilombolas, escolas em ilhas ou as cívico-militares.

Confira a lista das escolas elegíveis para a consulta AQUI . Essa fase só terá início depois da aprovação do programa.