Quase 600 mil turistas visitaram os parques estaduais do Paraná em 2024, um crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior, que contabilizou 545.460 frequentadores. O destaque foi a Unidade de Conservação da Ilha do Mel, em Paranaguá, que atraiu 203.877 pessoas, cerca de 37% do total – sendo 32.744 apenas em dezembro, durante o início da temporada de verão.
O levantamento foi realizado pelo Instituto Água e Terra (IAT) e considerou 26 unidades abertas à visitação, além do Aquário de Paranaguá. Atualmente, os Parques Estaduais Pau Oco (em Morretes), Mata dos Godoy (em Londrina) e Ilha das Cobras (em Paranaguá) permanecem fechados para reforma. Outros destaques em números absolutos incluem o Parque Estadual da Serra da Baitaca, que abrange os municípios de Piraquara e Quatro Barras, com 73.488 visitantes; Vila Velha, em Ponta Grossa, com 69.542; Monge, na Lapa, com 42.288; e Guartelá, em Tibagi, que recebeu 21.886 pessoas. O complexo ambiental do Aquário de Paranaguá atraiu 31.873 turistas.
Percentualmente, os parques que mais cresceram em visitação foram a UC de Ibicatu, em Centenário do Sul, com aumento de 100%; Salto São Francisco da Esperança, localizado entre Guarapuava, Prudentópolis e Turvo, com crescimento de 98,4%; Vila Rica do Espírito Santo, em Fênix, que registrou aumento de 94,4%; Vitório Piassa, em Pato Branco, com 66%; e Ibiporã, em Ibiporã, que cresceu 57,1%.
Para Rafael Andreguetto, diretor de Patrimônio Natural do IAT, o projeto Parques Paraná, criado pelo Governo do Paraná em 2019, foi essencial para essa expansão. “O projeto propicia a qualificação e a promoção das Unidades de Conservação abertas à visitação no Paraná, além da ampla divulgação destes destinos”, afirmou. Segundo Andreguetto, a iniciativa se divide em quatro pilares: Uso Público e Turismo, Paraná Aventura, Parque Escola e Voluntariado, com o objetivo de modernizar a gestão, incentivar a integração com a sociedade e promover a educação ambiental.
Jean Alex dos Santos, gerente de Áreas Protegidas do IAT, destacou o crescimento de 15,3% na Serra da Baitaca, citando como fator relevante a parceria com o município de Quatro Barras. “Estamos finalizando o processo de gestão compartilhada justamente para receber o visitante de uma forma mais confortável. Por isso acredito que a visitação a essa UC vai seguir crescendo nos próximos anos, o que vai impactar positivamente na economia de toda a cidade”, comentou.
O Paraná conta atualmente com 73 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, abrangendo mais de 26,3 mil km² de áreas protegidas por legislação, tanto de uso sustentável quanto de proteção integral. As UCs estaduais de Uso Sustentável ocupam 10.470,74 km² e as de Proteção Integral, 756,44 km². Além disso, o estado possui 152,25 km² de Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur) e 670,35 km² de Áreas Especiais de Interesse Turístico (AEIT), todas sob administração estadual. O levantamento também considera áreas federais, como o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a maior reserva do estado, terras indígenas e UCs municipais, como o Parque Barigui, em Curitiba.
Confira as Unidades de Conservação mais visitadas do Paraná em 2024:
1º – Ilha do Mel: 203.877 pessoas
2º – Serra da Baitaca: 73.488 pessoas
3º – Vila Velha: 69.542 pessoas
4º – Monge: 42.288 pessoas
5º – Guartelá: 21.886 pessoas
Parques que tiveram maior crescimento no número de visitantes entre 2023 e 2024:
1º – Ibicatu: 100%
2º – Salto São Francisco da Esperança: 98,4%
3º – Vila Rica do Espírito Santo: 94,4%
4º – Vitório Piassa: 66%
5º – Ibiporã: 57%
Mais informações sobre os parques estaduais estão disponíveis no site do Instituto Água e Terra (IAT).