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Paraná alerta para aumento de doenças gastrointestinais e reforça importância de medidas preventivas

A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) alerta os cidadãos sobre a importância de medidas preventivas contra doenças diarreicas agudas (DDA). Estas condições afetam o estômago e o intestino, causadas por microrganismos como vírus, bactérias e parasitas.

Até outubro de 2024, o Paraná contabilizou 389.422 casos de diarreia, com 56.839 ocorrências em crianças até cinco anos. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou também 104 surtos da doença, superando os números de 2023, que foram de 357.046 notificações e 67 surtos.

As DDAs, associadas a infecções gastrointestinais, são transmitidas por água e alimentos contaminados ou pelo contato com pessoas infectadas ou animais. Em casos extremos, podem até levar a óbito. Prevenir essas doenças envolve práticas de higiene e vacinação.

Segundo Maria Goretti Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, “essas são causas evitáveis, que englobam boas práticas, o cuidado e a prevenção, com a vacinação, especialmente das crianças”. A vacina contra o rotavírus, disponível no SUS, protege contra complicações graves, com uma cobertura vacinal no Estado de 90,22%.

Os sintomas da diarreia incluem episódios frequentes de evacuação, náuseas, vômitos, dores abdominais e febre. Crianças desnutridas ou com condições crônicas são especialmente vulneráveis.

O Laboratório Central do Estado (Lacen) pesquisa microorganismos como Salmonella spp e Escherichia coli em amostras de fezes durante a investigação de surtos. “Na investigação de surtos é importante também avaliar a presença de toxinas”, explica André Dedecek, diretor técnico do Lacen.

Com um crescimento no número de exames, com 2.868 análises entre janeiro e setembro de 2024, a expectativa é de que esse número suba ainda mais no verão, devido ao aumento no tráfego em cidades litorâneas e possíveis riscos de conservação inadequada de alimentos. Lavinia Arend, diretora técnica do Lacen, reforça a necessidade de coleta e transporte adequados para garantir uma análise precisa.

Exemplificando o cuidado com essas doenças, a 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu promoveu, em outubro, a capacitação de servidores dedicados aos dados sobre DDAs, com aprofundamento em definições de casos, notificações e temas relacionados ao diagnóstico laboratorial.

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