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Operação em Curitiba desmantela esquema de adulteração de farelo de soja destinado à exportação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária, prendeu em flagrante três suspeitos envolvidos em um esquema de adulteração de farelo de soja. A operação aconteceu nesta quarta-feira (23) em um galpão situado em Curitiba, que servia para adulterar cargas destinadas ao Porto de Paranaguá. Os suspeitos foram autuados por corromper, adulterar, falsificar ou alterar substâncias alimentícias destinadas ao consumo.

Durante a operação, além das prisões, foram apreendidos um trator avaliado em mais de R$ 700 mil, um caminhão, cerca de 300 toneladas de farelo de soja adulterado e materiais utilizados no processo de falsificação. A operação contou com apoio técnico do Ministério, que auxiliou na fiscalização e classificação dos produtos.

As investigações tiveram início após denúncias de que caminhoneiros desviavam da rota original para adulterar as cargas. A fraude incluía substituição parcial do farelo de soja por materiais como areia, cascas e outros resíduos, prejudicando a qualidade do produto exportado. “O barracão vinha sendo monitorado pela PCPR após identificarmos um fluxo irregular de caminhões desviando da rota com destino a Paranaguá. Esta ação conjunta visa coibir essa prática, que vem ganhando notoriedade nos últimos tempos”, explicou o delegado da PCPR André Feltes. As investigações continuam para atingir outros envolvidos na prática criminosa.

O auditor agropecuário do Ministério, Fernando Mendes, destacou que o Brasil é o maior exportador mundial de soja e que este crime pode comprometer a imagem do país como fornecedor seguro e confiável no mercado internacional. “O Ministério da Agricultura, em articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná e com a colaboração do setor produtivo organizado, tem atuado fortemente na repressão dessas ações. Estamos presentes nas fábricas de farelo de soja, nos exportadores, nos terminais de embarque portuário e na emissão do certificado internacional quando o produto já está embarcado no navio”, declarou.

“Qualquer fraude ou falha nos protocolos para atendimento dos requisitos internacionais será objeto de atuação dura por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária”, afirma Mendes.

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