Após 17 anos foragida, Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, de 59 anos, foi presa no sábado (11) no município de Marilândia do Sul, no norte do Paraná. Ela é acusada de matar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, de 23 anos, para tentar ficar com a guarda do neto. O crime aconteceu em fevereiro de 2007 em Quatro Barras.
Os detalhes do caso foram mostrados na última quinta-feira (9) no programa Linha Direta da TV Globo, apresentado por Pedro Bial, que também expôs o rosto da denunciada e onde ela teria sido vista pela última vez. Segundo a denúncia do Ministério Público, Andréa foi morta por asfixia após um almoço com a mãe e o padrasto, Everson Luís Cilian, de 54 anos, que também está preso.
“[Ela] não esboçou nenhum tipo de reação ao ver os policiais. Lhe foi perguntado se esta tinha ciência das denúncias contra ela. ‘Lurdes’ relatou que tinha ciência”, disse o relatório da PM que efetuou a prisão. A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) informou ainda que Tânia usava um nome falso e se apresentava como Lurdes.
Justiça descarta soltura de Tânia
A Justiça manteve, na segunda-feira (13), a prisão preventiva da denunciada. A decisão de manter Tânia presa foi dada pela juíza Paula Priscila Candeo durante audiência de custódia.
“A denunciada (Tânia) permaneceu foragida por mais de 17 anos, revelando que não pretende prestar contas de seus atos à sociedade, sendo presa apenas diante da repercussão do caso que foi recentemente transmitido em rede nacional de televisão, sendo comprovado que, além de foragida, fazia uso de nome fictício, na intenção de furtar-se da responsabilidade criminal, afigurando-se imperiosa a manutenção de sua prisão não apenas para assegurar a instrução criminal, mas também garantir a aplicação da pena”, escreveu a juíza.
Padastro da vítima será julgado nesta quarta-feira (15)
Denunciado pela participação na morte da enteada, Everson Cilian, será julgado nesta quarta-feira (15) no Fórum de Campina Grande do Sul. Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), ele cometeu o crime junto com a então esposa, Tânia Melo Becker de Lorena, mãe da vítima.
No mesmo ano do crime, Everson e Tânia viraram réus por homicídio triplamente qualificado. Everson estava foragido até ser preso em 2023, em Apucarana, também na região norte do estado.