Três das maiores cidades do Paraná – Londrina (Norte), Toledo (Oeste) e Colombo (Região Metropolitana de Curitiba) – têm registrado recentemente o aparecimento de onças em áreas urbanas. Enquanto a presença desses animais, que estão em risco de extinção, indica um progresso na recuperação ambiental do Estado, ela também causa preocupação entre os moradores, que muitas vezes não sabem como proceder.
O Instituto Água e Terra (IAT), órgão responsável pela fauna silvestre no Paraná, orienta a população a evitar qualquer tipo de contato com as onças. O biólogo Mauro Britto do IAT explica que, geralmente, esses animais retornam sozinhos ao seu habitat natural. No entanto, é crucial acionar o IAT imediatamente ao avistar uma onça, seja por meio das regionais ou pelo telefone do setor de fauna (41) 9-9554-0553.
Os técnicos do IAT são treinados para fazer o manejo adequado dos animais. “Por mais boa intenção que se tenha, não é permitido que se faça arapucas, armadilhas ou coisas assim. Isso pode ser enquadrado como crime ambiental, passível de processo e multa. Pedimos para que, quando de encontrar um animal de grande porte, acione o IAT imediatamente”, destaca Britto.
Em áreas rurais, onde predadores naturais como as onças são frequentemente vistos como ameaças, Britto esclarece que essa percepção não é verdadeira. Ele afirma que as situações envolvendo onças são muito menos frequentes em comparação a outros problemas comuns nas propriedades rurais, como atolamentos, doenças infecciosas, desnutrição e acidentes de manejo.
“Vale lembrar que as orientações para a prevenção a ataque de predadores inclui também um melhor manejo da propriedade, oferecendo maior segurança ao proprietário rural e ao animal, como a instalação de luzes e alarmes”, afirma Britto.
Para mais informações e orientações detalhadas, o Instituto Água e Terra disponibiliza o Guia Orientativo de Prevenção à Presença ou Ataque de Onças.