O Dia das Mães, celebrado neste domingo (11), é uma das datas mais importantes para o comércio brasileiro, movimentando milhões de reais. Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado, as vendas cresceram 6,8% em 2024 em comparação ao ano anterior. Contudo, o aumento no volume de compras atrai golpistas, que aproveitam o momento para aplicar diferentes tipos de fraudes.
Diante desse cenário, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) lançou a campanha Tem Cara de Golpe, com o objetivo de divulgar as fraudes mais comuns e orientar os consumidores sobre como se proteger. A principal recomendação da ABBC é ativar mecanismos de segurança, como a autenticação em duas etapas, a proteção de aplicativos bancários e o bloqueio remoto de dispositivos.
A campanha também orienta os consumidores a não compartilharem senhas ou dados pessoais em ligações ou mensagens de origem duvidosa. Caso seja vítima de um golpe, é fundamental entrar em contato com o banco ou operadora de cartão pelos canais oficiais, registrar um boletim de ocorrência e, caso o smartphone seja roubado ou perdido, comunicar a operadora de telefonia para bloquear o aparelho. “Golpistas exploram os momentos em que estamos mais vulneráveis, e o Dia das Mães, com toda a sua carga emocional, é um deles. Um presente inesperado ou uma mensagem fora do comum pode ser o início de uma fraude. Basta um clique”, alerta Leandro Vilain, CEO da ABBC.
A seguir, veja os golpes mais comuns aplicados durante o período do Dia das Mães:
Entrega de brindes ou presentes com maquininha manipulada
Os golpistas se apresentam como representantes de lojas de roupas, perfumarias ou supermercados e alegam que a vítima foi contemplada com um presente ou brinde especial. Para concluir a entrega, eles exigem o pagamento de uma taxa, que deve ser feita exclusivamente por cartão de crédito ou débito. A maquininha apresentada geralmente tem um visor quebrado ou pouco visível, e o valor cobrado é muito maior do que o informado.
Uma variação desse golpe é a solicitação de uma selfie da vítima para comprovar o recebimento do brinde. Com a imagem, os criminosos podem tentar acessar contas bancárias, realizar transações ou abrir contas fraudulentas em nome da vítima.
Golpe do falso pedido online
Com a popularização das compras virtuais, criminosos criam sites falsos ou clonam páginas de lojas conhecidas, oferecendo grandes descontos para atrair consumidores. Após o pagamento – frequentemente realizado por Pix – o produto não é entregue, e os dados da vítima podem ser usados de forma indevida. Em algumas situações, os golpistas instruem a vítima a pagar via boleto cujo valor é destinado a contas controladas pela quadrilha, e o item nunca chega ao comprador.
A melhor forma de evitar esse golpe é verificar a reputação do site, certificar-se de que ele possui certificados de segurança e preferir lojas reconhecidas. É recomendado digitar o endereço do site diretamente no navegador. No caso do pagamento por boleto, é essencial conferir os dados do beneficiário antes de concluir a transação.
Golpe da falsa central de atendimento
Neste tipo de fraude, os golpistas entram em contato com as vítimas se passando por funcionários de instituições financeiras ou operadoras de cartão de crédito. Alegam uma tentativa de compra suspeita ou solicitam a confirmação de dados bancários. Com essas informações, conseguem acessar contas, realizar transferências ou efetuar compras indevidas.
É importante destacar que bancos nunca pedem senhas, dados de cartões ou códigos de segurança por telefone. Qualquer contato suspeito deve ser ignorado, e o consumidor deve buscar diretamente os canais oficiais da instituição financeira.
Golpe com mensagens de texto falsas (SMS)
Diariamente, os criminosos enviam milhões de mensagens falsas com abordagens urgentes, como “resgate agora os pontos do seu cartão de crédito”, “acesse este link e confira uma promoção imperdível” ou “compra aprovada no seu cartão de crédito, clique aqui para cancelar”.
Ao clicar nesses links, a vítima é redirecionada para páginas falsas, semelhantes às de lojas ou bancos legítimos, e pode ser orientada a preencher formulários com dados como CPF, telefone, número do cartão, agência, conta, senha e até uma selfie. Essas informações são usadas pelos golpistas para causar prejuízos financeiros às vítimas.
Na dúvida, sempre procure o gerente ou a central de atendimento oficial da sua instituição financeira.