Espécie introduzida pelos europeus no sul do Brasil, especialmente no Paraná, o Porco Moura foi “redescoberto” e é grande atração dos atuais chefs de cozinha. Sua criação é das mais rústicas, pois os animais vivem livres, soltos em pasto aberto e com alimentação natural com frutos e vegetação nativa. A História nos conta que os pioneiros que chegaram ao Estado (e também ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina), trouxeram alguns filhotes – que se deram bem ao clima mais frio do sul brasileiro. E, como se reproduziram com facilidade, garantiu-lhes a sobrevivência nos primeiros dias em solo estranho.
Os especialistas afirmam que a carne do Porco Moura tem o marmoreio como diferencial que confere sabor. Além disso tem uma grande capa de gordura, mas, no entanto, é mais magra, mais escura e com sabor mais intenso que a carne suína convencional. A carne é macia e suculenta, o que a torna ideal para o preparo de diversos pratos. Além disso, é ótima para charcutaria, isto é, em embutidos como linguiças, salames e presuntos.
Na região dos Campos Gerais, o Porco Moura se espalhou por Palmeira, Balsa Nova, Ponta Grossa, Porto Amazonas.
Trazida pelos portugueses, alemães e espanhóis, a carne do Porco Moura já é reconhecida como raça brasileira existente só no país.
As Universidades Federal do Paraná (no Centro de Estações Experimentais do Canguiri, em Pinhais, e Estadual de Ponta Grossa realizam experiências sobre o assunto.