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Imagem de destaque - Rio Grande do Sul busca prevenir propagação de doenças pós-enchentes

O Rio Grande do Sul, recentemente afetado por enchentes durante os últimos 45 dias, está focado em prevenir o aumento de doenças como a tuberculose entre a população que enfrentou semanas de frio e alagamentos.

O Hospital Sanatório Paternon, parte da rede estadual de saúde, é central no tratamento dessa enfermidade, Carla Jarczewski, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde, tomou medidas junto aos abrigos para controlar a propagação da doença.

“A aglomeração favorece o contágio. Desde o início das enchentes, intensificamos a busca por pessoas com sintomas respiratórios como tosse, suores noturnos, falta de apetite e perda de peso, que são sinais de nossa preocupação com a doença respiratória”, explicou Carla.

Ela também destacou a dificuldade enfrentada por pessoas em situação de rua, para quem o tratamento prolongado da tuberculose, que dura pelo menos seis meses, representa um desafio logístico significativo.

Carla enfatizou que ainda é cedo para determinar se as enchentes contribuíram para o aumento de casos de tuberculose no estado. A doença, que requer notificação compulsória, possui um diagnóstico que nem sempre é imediato no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Em relação aos medicamentos, Carla mencionou que o depósito de medicamentos da Secretaria de Saúde não foi afetado pelas enchentes, e houve reposição de estoques para as áreas atingidas.

No Rio Grande do Sul, a incidência de tuberculose tem sido historicamente controlada, com cerca de cinco mil novos casos por ano desde o início dos anos 2000, resultando em uma taxa de incidência de aproximadamente 42 casos por 100 mil habitantes.

A taxa de cura, no entanto, permanece baixa em 58%, abaixo da meta de 85% estipulada pelo Ministério da Saúde e organismos internacionais. Isso é um reflexo dos desafios enfrentados no tratamento completo da doença, especialmente entre populações vulneráveis como moradores de rua.

Os sintomas mais comuns da tuberculose pulmonar incluem febre, tosse persistente, sudorese noturna, perda de apetite, emagrecimento e cansaço. Qualquer pessoa com sintomas respiratórios persistentes deve procurar imediatamente um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

A pesquisadora Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, ressalta a importância de diagnosticar rapidamente doenças respiratórias como a tuberculose, especialmente em contextos de enchentes, onde a exposição a condições insalubres pode aumentar os riscos de infecção.

Diante do desafio das enchentes, a preocupação com a tuberculose no Rio Grande do Sul reforça a necessidade de medidas preventivas eficazes e do apoio contínuo às populações mais vulneráveis.

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