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Em meio as crescentes reclamações e questionamentos de empresários e comerciantes quanto aos apagões e picos de energia em Campina Grande do Sul e Quatro Barras, a QBCAMP (Associação Comercial e Industrial) fará uma assembleia-geral entre seus associados nesta terça-feira (16) com o objetivo de propor uma ação civil pública contra a Copel (Companhia Paranaense de Energia). A assembleia acontece após outras reuniões entre empresários para debater o tema.

Segundo afirmam os empresários locais, a região vem enfrentando constantes apagões de energia, os desligamentos têm afetado o horário de funcionamento do comércio e das empresas, gerando prejuízo em todos os sentidos. Na mais recente queda de luz, registrada na semana passada, a energia levou o dia todo para ser reestabelecida.

“No último apagão ficamos 24 horas sem luz. Orientamos nossos clientes a procurarem outra agência para pagamentos, saques e outros serviços bancários. Aqui a energia cai direto sem que haja formação de temporal ou chuva”, comentam as funcionárias de uma casa lotérica na região central de Quatro Barras. Uma situação não muito diferente tem afetado também a agência do Itaú localizada próximo à lotérica. Conforme informações repassados ao Jornal União, durante o ano de 2023, pelo menos uma vez no mês as atividades bancárias ficaram suspensas por falta de energia.

Empresário do ramo de papelaria, malharia e lan house, Carlos Alberto, afirma que quando falta energia elétrica o prejuízo nos negócios é certo. “Sem luz deixo de oferecer o serviço de impressão e o acesso à internet. Isso gera perda nas vendas diárias. Esses dias tivemos que parar tudo porque ficamos parte da manhã e a tarde sem energia. O que mais intriga nós comerciantes é que ninguém é avisado, ninguém sabe explicar o motivo desses apagões”, comenta.

O presidente da QBCAMP, Luiz Jair Minatti, disse que desde o ano passado as oscilações de energia passaram a ser frequentes nos dois municípios. “Isso tem afetado e muito as empresas e o comércio de um modo geral, é um prejuízo constante. Por isso a QBCAMP se viu na obrigação de partir para o campo jurídico para solucionar esse problema”.

Indagado sobre os prejuízos provocados pela falta de energia às empresas locais e se porventura haverá algum pedido de indenização por parte da QBCAMP, Minatti afirmou que isso varia muito de caso para caso. Ele exemplificou que nem todas as empresas contam com geradores, sendo assim, a falta de energia acarreta na queda da produção e nas vendas em alguns casos. Já em outras situações, as oscilações ocasionam na queima de maquinário e despesas com trocas e mal funcionamento dos equipamentos. “Cada caso será avaliado durante a assembleia. Mas um pedido de indenização conjunta não está descartado na ação”, conclui.

O que diz a Copel

O Jornal União procurou a Copel para comentar os desligamentos frequentes e por meio de nota a companhia confirmou que os estabelecimentos citados pela reportagem sofreram interrupções de energia ocasionadas, principalmente, “por tempestades nos meses de outubro a dezembro de 2023, período em que os eventos climáticos severos se intensificaram sobre o Paraná”.

Ainda segundo a nota, “neste início de ano houve uma interrupção na Av. Dom Pedro II em Quatro Barras, causada por rompimento de fiação possivelmente por veículo de carga alta, e uma piscada de energia ocasionada por manobras na rede. Já em Campina Grande do Sul, durante o temporal do dia 09/01 houve uma piscada de energia em parte da cidade, motivada por descarga elétrica”

A Copel também informou que: “estará realizando podas de árvores, manutenções na rede e melhorias no sistema, em ambos os municípios, a fim de minimizar a ocorrência de desligamentos”.

Foto: Reprodução / RPC

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