Visando valorizar os profissionais da Educação Municipal e garantir melhor qualidade nos serviços prestados à população, um projeto encaminhado pela Prefeitura de Campina Grande do Sul à Câmara Municipal – que trata sobre o novo plano de carreira da categoria – deve ser discutido e votado nas próximas semanas. A proposta leva em conta avanços que resultaram das negociações realizadas nos últimos meses entre a Prefeitura e os representantes das categorias.

A prefeita em exercicio, Belenice Koffke Buff Rotini, que também é professora da rede municpal, acompanhou de perto a elaboração do projeto, desde que a proposta começou a ser criada pelo executivo em maio de 2022. A pedido do então prefeito Bihl Zanetti, Belenice montou uma Comissão com o objetivo de promover a articulação com as classes, de modo a garantir a transparência e a valorização do processo democrático.

“O projeto visa promover a correção da defasagem salarial dos educadores, bem como, criar tabelas salariais especificas conforme a formação dos profissionais. Já no Plano de Carreira do Magistério, o objetivo principal é ajustar a legislação à realidade. Em linhas gerais, a proposta busca valorizar aqueles profissionais que buscam formação acadêmica”, explica Belenice.

A atual gestora diz que o avanço na carreira deve ser decorrente da entrega de bons serviços à sociedade e que a valorização dos profissionais retorna ao município através da qualidade da Educação ofertada aos munícipes. Para isso, ela acredita que a evolução salarial deve ocorrer ao longo da vida funcional do servidor, possibilitando o planejamento de médio e longo prazo para a Administração Municipal e para os servidores.

“É o início de um trabalho que vai refletir na carreira dessas profissionais que tanto dedicam seu trabalho à Educação de nossas crianças. É incentivo a mais para que a classe se sinta reconhecida e motivada, pois em breve planejamos outros benefícios à categoria”, conclui Belenice.

Por fim, a prefeita em exercício e a comissão responsável pela elaboração do projeto se colocam à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos que possam surgir durante o trâmite do projeto na Câmara de Vereadores.

Trâmite do projeto

Durante o trâmite legislativo novas sugestões poderão ser incorporadas ao projeto. Os trabalhos na Câmara Municipal estão em período de recesso e devem ser retomados somente no dia 7 de agosto. Até lá, a expectativa das educadoras e dos professores é grande pela aprovação do projeto.

“A palavra que define é reconhecimento. A iniciativa valoriza não só no quesito salarial mas, principalmente, o nosso trabalho. Sem contar que é um incentivo às educadoras, que ainda não fizeram uma formação por questões financeiras, a iniciarem uma especialização”, descreve Amanda Cristina Lopes Batista, 30 anos, que é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Alfabetização e Educação Especial.

Atualmente Amanda é educadora no CMEI Lucia Rosenente Gueno Ferrarini, na Vila São Cosme. Para ela, a aprovação do projeto representa um avanço na Educação do município. “Estamos muito felizes desde quando a Belenice e o prefeito Bihl Zanetti abriram as portas do gabinete e se propuseram a ouvir as demandas da nossa categoria, pois não é de hoje que lutamos por esse reconhecimento. Se esse projeto for aprovado será um salto muito importante para a Educação Municipal em todos os sentidos”, completa.

Outra profissional que se mostra esperançosa pela aprovação da proposta é Edicléia de Fátima Muchinski. Ela atua na Rede Municipal de Ensino há 29 anos e no momento é professora do 3º ano da Escola Lucídio Florêncio Ribeiro, no Jardim Paulista. Além disso, ela possui graduação em Pedagogia e Letras, pós-graduação em Psicopedagogia, Educação Especial, Contação de Histórias e no momento cursa Pedagogia Sistêmica.

“A reformulação do plano de carreiras ajudará, sobretudo, a categoria do educador infantil valorizando esse profissional com reconhecimento pelo seu trabalho. Espero que nós como profissionais da Educação consigamos a aprovação do plano para equipararmos a nossa condição salarial”, conclui Edicléia.

Foto: Divulgação Câmara Campina.