O Pix completa cinco anos neste domingo (16) como o principal método de pagamento do Brasil. Lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, o sistema de pagamentos digitais apresentou um crescimento impressionante, movimentando R$ 26,4 trilhões em 2022, valor que corresponde a quase duas vezes o produto interno bruto (PIB) do país em 2024. Em 2023, até o mês de outubro, as transações via Pix já somaram R$ 28 trilhões, de acordo com o Banco Central.
O diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, Renato Gomes, destacou em uma transmissão online que o Pix ampliou significativamente o acesso ao sistema bancário. “Por um lado, teve essa redução de custo de distribuição de dinheiro. Por outro lado teve, vamos dizer assim, esse aumento da fatia de clientes e do consumo dos clientes e, obviamente, como o Pix trouxe muita concorrência com o sistema de pagamentos, acabou havendo uma redução de tarifas assim”, explicou Gomes.
Criado inicialmente para facilitar transações instantâneas entre pessoas, o Pix evoluiu ao longo dos anos, ganhando novas funcionalidades como o Pix Cobrança, que funciona como um boleto digital, e o Pix Automático, que equivale ao débito automático. Atualmente, o Banco Central registra 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas utilizando a ferramenta.
O desenvolvimento do Pix começou oficialmente em 2016, com seus requisitos fundamentais apresentados pelo Banco Central em 2018. Em agosto de 2019, o Banco Central assumiu a administração do sistema de pagamentos instantâneos, escolhido em fevereiro de 2020 para receber o nome “Pix”. Lançado em caráter de teste em 3 de novembro de 2020, inicialmente o sistema estava disponível para um pequeno grupo de clientes em horários limitados. Foi somente em 16 de novembro daquele ano que o Pix entrou em operação plena, funcionando 24 horas para todos que cadastrassem suas chaves.
O sucesso do Pix atraiu até mesmo investigações comerciais externas. Durante o governo de Donald Trump, autoridades dos Estados Unidos alegaram que o Pix poderia prejudicar empresas financeiras americanas e iniciaram uma investigação comercial contra o Brasil. Em resposta, o governo brasileiro declarou ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) que o Pix foi concebido para garantir a segurança do sistema financeiro nacional, sem intenção de discriminar empresas estrangeiras.







