O Governo do Paraná avança na implantação do novo Planetário do Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, que promete ser o maior e mais moderno da América Latina. O projeto representa um marco para a educação, a ciência e o turismo do Estado, reunindo tecnologia de ponta e compromisso com a sustentabilidade.
As empresas interessadas em participar do processo licitatório para execução das obras têm até o dia 7 de novembro para enviar suas propostas e disputar os lances. O certame, conduzido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), tem valor máximo de R$ 49,9 milhões e será realizado por meio do sistema eletrônico de licitações do Governo Federal.
O novo planetário será construído dentro do Parque da Ciência Newton Freire Maia, em uma área de mais de 5.500 metros quadrados. A estrutura contará com cúpula de projeção imersiva de 18 metros, auditório para 300 pessoas, salas multiuso, áreas expositivas, observatórios com telescópios, além de espaços pedagógicos, administrativos e de convivência.
Além da construção do planetário, o projeto inclui a revitalização completa do Parque da Ciência, com reformas nos pavilhões existentes, implantação de novas passarelas e rotas acessíveis, melhorias em infraestrutura, paisagismo e recuperação da trilha do Rio Canguiri. O investimento nessa etapa adicional é de cerca de R$ 9 milhões.
Durante missão internacional à Alemanha, o governador Carlos Massa Ratinho Junior firmou parceria com a empresa Carl Zeiss, reconhecida mundialmente por ter inventado o conceito de planetário moderno. O contrato, de seis milhões de euros (aproximadamente R$ 37 milhões), garante a compra do Sistema Híbrido Indissociável de Projeção – modelo Asterion Premium Velvet LED XI.
O equipamento, considerado o mais avançado do mundo, será capaz de simular o céu e a movimentação de mais de nove mil corpos celestes em altíssima definição. Também permitirá a projeção de animações, shows e vídeos com qualidade excepcional, proporcionando uma experiência imersiva única para o público.

A previsão é que o sistema seja entregue ao Paraná em até 12 meses após a finalização dos trâmites de aquisição. O embarque do equipamento marcará o início de uma nova fase do projeto, que combina tecnologia, educação e inovação científica em um mesmo espaço.
A obra será executada com madeira engenheirada, técnica moderna que utiliza camadas de madeira coladas sob alta pressão, garantindo resistência, leveza e durabilidade. Além de reduzir a emissão de carbono, o método também diminui a geração de resíduos e os custos da construção, reforçando o caráter sustentável da iniciativa.
O projeto é resultado da cooperação entre o Fundepar, a Secretaria da Educação (Seed) e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com apoio da Fundação Araucária e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), responsável pela coordenação científica e tecnológica do planetário.
Segundo o governador Ratinho Junior, o planetário vai unir educação, ciência, pesquisa, tecnologia e turismo, transformando o Parque da Ciência em um espaço de referência nacional. “Esse é um projeto que desperta o interesse pela ciência desde a infância e coloca o Paraná no mapa mundial da inovação científica e educacional”, afirmou.
O secretário da Educação, Roni Miranda, destacou que os estudantes da rede pública terão transporte garantido para visitar o espaço e participar de atividades práticas. “Além das aulas e experiências, haverá formação para professores de Ciências, Biologia e Geografia, ampliando o alcance pedagógico do projeto”, explicou.
Com expectativa de receber mais de 140 mil visitantes por ano, o novo planetário consolida o compromisso do Governo do Estado em promover o conhecimento científico e tecnológico. A estrutura, além de educativa, será também um novo atrativo turístico para o Paraná, fortalecendo a integração entre ciência, cultura e sustentabilidade.