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Paraná segue sem casos de intoxicação por metanol; mortes em SP chegam a cinco e Polícia Federal investiga

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o Paraná continua sem registros de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol. Enquanto isso, no Estado de São Paulo, o número de mortes relacionadas subiu para cinco nesta terça-feira (30). Em nota, a Sesa comunicou que também não houve notificações de atendimentos possivelmente vinculados à intoxicação por metanol no Paraná.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado do Paraná (SESP), não há registros recentes de envenenamentos provocados pelo uso de metanol em bebidas adulteradas no estado. “As Forças de Segurança realizam continuamente a investigação e a apreensão de bebidas falsificadas onde a qualidade é adulterada, mas sem que seja registrada a presença de ingrediente agressivo à saúde das pessoas como o metanol. Também há treinamentos para identificação de pistas como rótulos, vasilhames ou lacres falsificados, além dos exames laboratoriais”, informou a pasta.

Em São Paulo, o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, informou que os óbitos por intoxicação ocorreram tanto na capital quanto em cidades próximas. Até o momento, são 22 casos relacionados a metanol: sete foram confirmados, e 15 seguem em apuração. Entre os cinco óbitos, apenas um teve a confirmação direta de relação com bebida adulterada.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que a Polícia Federal (PF) está investigando a origem do metanol usado na adulteração das bebidas. Entre os casos recentes, a designer de interiores Rhadarani Domingos relatou ter perdido a visão após consumir caipirinhas em um bar em São Paulo. Outro caso envolve Rafael dos Anjos, que ficou intoxicado após ingerir gin com energético e gelo saborizado comprado em uma adega no dia 23 de agosto. Ele está internado há um mês em coma.

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) relacionou as intoxicações por metanol ao desvio da substância por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a associação, o metanol utilizado pela facção na adulteração de combustíveis pode ter abastecido operações clandestinas de fabricação de bebidas. No entanto, o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que até agora não há indícios concretos ligando os casos de intoxicação ao PCC.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ordenou que todas as unidades de saúde do país comuniquem imediatamente qualquer suspeita de intoxicação por metanol ao Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo destacou os sintomas causados pela contaminação por metanol, incluindo sonolência, tontura, dor abdominal, náuseas, vômitos, confusão mental, taquicardia, visão turva, fotofobia, convulsões e acidose metabólica. Esses sintomas podem aparecer em um intervalo de 6 a 24 horas após a ingestão. Casos mais graves podem levar à cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal e danos neurológicos severos.

Para prevenir novos casos, o CVS orienta que bares e estabelecimentos comerciais verifiquem rigorosamente a procedência das bebidas. A recomendação à população é consumir apenas produtos de fabricantes legalizados, com rótulos e selos fiscais devidamente identificados, evitando bebidas de origem desconhecida. Bebidas destiladas como whisky, gin e vodca estão entre as mais suscetíveis a adulterações.

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