Em iniciativa conjunta com operadoras de telecomunicações, o Governo do Paraná viabilizou a instalação de 100 antenas para expandir a cobertura de internet em áreas rurais, promovendo avanços no setor agrícola e ampliando o acesso à cidadania. O foco das ações é melhorar a conectividade em regiões menos assistidas, impactando positivamente a qualidade de vida nas zonas rurais do Estado.
Em 2024, o Plano de Conectividade Rural do Paraná alcançou progressos expressivos rumo à democratização da internet. Coordenado pelas secretarias da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) e da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), o programa reúne 17 órgãos públicos, 15 empresas do setor privado e seis entidades representativas da sociedade civil.
Com um território de 199 mil quilômetros quadrados, o Paraná tinha, em junho de 2023, 52,73% da área com cobertura móvel, conforme dados da Anatel. Em junho de 2024, esse número subiu para 62,21%. Segundo o secretário estadual da Inovação, Alex Canziani, a meta é tornar o Paraná o primeiro estado do país 100% conectado. “O projeto, coordenado por 17 órgãos estaduais sob a direção da Inovação, busca tornar o Paraná o primeiro estado 100% conectado. Parcerias com operadoras são fundamentais para alcançar essa meta, fortalecendo ainda mais a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável no Estado”, afirmou o secretário.
Entre as iniciativas de 2024, destaca-se a parceria com a TIM, que investiu R$ 22 milhões na construção de 116 antenas em 83 municípios. Esse projeto atende diretamente cerca de 40 mil pessoas e, indiretamente, mais de 2 milhões. Até o momento, mais de 100 torres já foram instaladas, beneficiando os clientes da operadora em diversas áreas rurais do Estado.
A operadora Claro também oficializou um projeto de grande impacto, com investimento total de R$ 99,8 milhões na construção de 378 antenas de telecomunicação em 194 municípios. Ao todo, 162 torres atenderão áreas rurais, enquanto outras 16 serão instaladas em rodovias como a BR-277, no trajeto entre Curitiba e o Litoral, e a BR-116, na divisa com São Paulo. Além disso, 13 torres estão previstas para o Litoral e 16 para áreas de fronteira. A iniciativa, que inclui localidades estratégicas e regiões rurais, deve beneficiar mais de 7 milhões de pessoas.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destaca a importância da conectividade para o avanço do agronegócio. “É preciso refinar os processos de precisão nesse setor. Isso pressupõe o uso intensivo de uma série de inovações que já estão embarcadas em máquinas ou os processos mais digitais que estão chegando no meio rural. Uma boa conectividade é imprescindível para isso”, afirmou.
Para incentivar as empresas de telecomunicação a expandirem sua atuação, a Secretaria da Fazenda (Sefa) do Paraná permitiu que elas adquirissem créditos acumulados de ICMS, acessíveis via sistema Siscred. A medida visa facilitar o financiamento de projetos estruturais relacionados à conectividade no Estado.
Entre os avanços tecnológicos testados em 2024, destaca-se o projeto CEP Rural Digital, que utiliza georreferenciamento para gerar endereçamento digital de propriedades rurais. Um dos testes iniciais foi realizado em uma propriedade a cerca de 10 km do centro de Tijucas do Sul por meio de uma plataforma desenvolvida pela Celepar. Com base na unidade consumidora de energia da Copel, a plataforma cria um código de endereçamento exato, integrando serviços públicos e privados, como atendimento por ambulâncias ou entrega de produtos.
Outra inovação foi a testagem de conexão via satélite para áreas remotas. Em parceria com a Telebras e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), terminais transportáveis de internet via satélite foram instalados em locais como a Ilha de Medeiros, em Guaraqueçaba, além de estruturas na capital Curitiba e em São José dos Pinhais. A tecnologia busca atender áreas sem fibra óptica ou conexão móvel eficiente, ampliando o alcance da conectividade no Paraná.
