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A ideia de mulheres que ficam em casa, apenas cuidando de tarefas domésticas, já está no passado. Atualmente, elas já estão à frente de quase metade dos pequenos negócios do Brasil.

São mulheres empreendedoras que movimentam o mercado e se firmam como referência e inspiração.

Esse é caso das empresárias Margarete Brimeto Chiossi, 50 anos, e Ana Paula Chiossi Nabeiro, de 27 – mãe e filha – que se tornaram empresárias de sucesso no segmento da panificação em Campina Grande do Sul. Responsáveis pela panificadora Brunetto, no bairro Jardim Nossa Senhora das Graças, elas colocam seus nomes na história do empreendedorismo feminino e abrem espaço para que outras mulheres na cidade façam o mesmo.

A panificadora Brunetto foi uma das primeiras a funcionar em Campina Grande do Sul, mais exatamente no dia 28 de abril de 1998. O empreendimento sempre funcionou no mesmo endereço, na Avenida Anibale Ferrarine, 457. O trabalho incansável de Margarete fez com que o empreendimento se tornasse referência na cidade, trazendo consigo uma história marcada por resiliência, tradição familiar e, claro, clientes fiéis.

Como todo início de um negócio as dificuldades enfrentadas foram muitas. Margarete rembra que por ela ser mulher precisava assimilar a administração do empreendimento com as tarefas do lar, e ainda dar conta de cuidar da primeira filha que nascera bem no início das atividades da padaria.

“Fiquei uma semana em casa e logo retornei ao trabalho. Eu era a faz tudo do negócio, não tinha como ficar muitos dias fora. Cotava compras, mercado e o contato com fornecedores, tudo dividindo com as tarefas de casa. Nessa época eu contratei a minha cunhada para me ajudar no atendimento da padaria, senão não daria conta”, revela. A cunhada de Margarete ficou auxiliando nos trabalhos durante 20 anos.

Nessas mais de duas décadas de atividades da padaria, a grande parte da equipe sempre foi composta por mulheres, desde o atendimento do balcão até o preparo de massas e demais produtos. Mas há exceções nesse conjunto, já que atualmente no mercado de trabalho grande parte dos padeiros, por exemplo, são homens. “Sempre optamos por trabalhar com mulheres porque elas tendem a ser mais responsáveis e cuidadosas, com elas nunca tivemos problemas. Agora com os homens já tivemos situações deles não concordarem com as nossas orientações e acabar havendo desacordos no convívio no trabalho”, comentam.

Para Ana Paula, o ato de empreender foi o caminho para ela alcançar a tão sonhada independência financeira. “Antes de ingressar na padaria para auxiliar a mãe nos negócios, eu trabalhava como CLT. Eu relutei um pouco para me adaptar a essa nova fase de vida, mas minha mãe sempre me ensinou a ser independente e correr atrás dos nossos sonhos. Hoje vejo que foi a melhor decisão que tomei, pois adquiri uma liberdade financeira que já almejava há um tempo e que talvez não conseguiria prestando serviço para terceiros”, comenta Ana Paula.

Já Margarete ressalta que é necessário ter coragem frente aos desafios, mas a sensação de ver que o negócio deu certo é satisfatória. “Acredito que seja mais difícil ser mulher em qualquer área, é preciso acima de tudo coragem. Nós enfrentamos desafios únicos ao empreender devido a várias questões, incluindo responsabilidades familiares, maternidade. Esses desafios afetam a nossa capacidade de dedicar tempo e recursos necessários para o negócio. Mas o segredo nisso tudo é gerenciamento de tempo e buscar estratégias para lidar com possíveis mudanças na vida pessoal”, comenta.

Atualmente, por mês, são mais de 11 mil pães franceses vendidos. Nas mesas da panificadora, o número exatos de cafezinhos não é possível mensurar, pois são milhares também. A Brunetto conta ainda com mais  de 150 variedades de produtos, entre os vendidos no balcão e as encomendas.

Foto: Adilson Santos / Jornal União 

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