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Número de presos trabalhando no Paraná aumenta mais de três vezes em 10 anos

Mais de 14 mil presos no Paraná estão inseridos no mercado de trabalho atualmente, atuando em cooperativas, canteiros próprios do sistema prisional e projetos de artesanato. Esse número contrasta com os 4.500 presos trabalhando no estado há dez anos. Dentre os 14 mil, mais de um terço ocupa vagas em órgãos públicos e empresas privadas.

A ampliação da oferta de trabalho faz parte das iniciativas de ressocialização promovidas pela Secretaria da Segurança Pública (SESP). Como parte desse esforço, a Polícia Penal do Paraná (PPPR) desenvolve barracões para incentivar parcerias com empresários locais e aumentar as oportunidades de trabalho para os custodiados.

Um exemplo dessas iniciativas é o barracão da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, que conta atualmente com atividades para mais de 450 presos. Outro barracão, com 6 mil metros quadrados, está previsto para ser entregue ainda este ano na Penitenciária de Integração Social de Piraquara (PISP), abrindo espaço para 450 detentos.

“A responsabilidade que temos com as pessoas que fazem parte do sistema prisional é garantir a reinserção social, e a melhor opção para isso é dando dignidade com ofertas de postos de trabalho”, declarou o secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira.

A estrutura prisional do Paraná, criada oficialmente em 1908 com a inauguração da primeira penitenciária estadual, passou de cadeias improvisadas para um modelo moderno de administração. Atualmente, é considerada uma referência nacional em organização e profissionalização.

Empresas que contratam mão de obra prisional pagam aos presos 3/4 do salário mínimo. De acordo com as regras, os detentos podem autorizar que um familiar saque até 80% desse valor. O restante é depositado em uma conta-poupança prisional, disponível para o preso apenas após o cumprimento de sua pena.

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná também já recebeu o Selo Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho no Sistema Prisional (Resgata), que reconhece a promoção de atividades profissionais para os detentos. Além disso, 21 empresas do estado foram certificadas por empregar presos e egressos do sistema prisional.

O selo, concedido pelo Departamento Penitenciário Nacional, tem como objetivo divulgar organizações que apoiam essa causa, incentivando outras empresas a aderirem à iniciativa.

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