O Ministério da Educação (MEC) implementará uma prova nacional unificada para auxiliar estados e municípios na seleção de professores para escolas públicas em todo o país. O concurso estará disponível para as administrações locais que optarem por usar a avaliação. Até o momento, cada estado e município conduz suas próprias seleções.
Comumente comparada ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para os professores, essa prova integra um conjunto de ações destinadas a valorizar os educadores da educação básica no Brasil. Entre essas ações, está o projeto ‘Pé-de-Meia’ para licenciaturas, que consiste em bolsas para estudantes interessados em seguir a carreira docente. Estas iniciativas devem ser anunciadas pelo governo em novembro, conforme comunicou o ministro da Educação, Camilo Santana, durante as reuniões do G20 em Fortaleza.
O secretário executivo do MEC, Leonardo Barchini, detalhou a proposta da prova singular. “A ideia é que o ministério forneça as ferramentas para uma boa avaliação e que estados e municípios utilizem essa ferramenta da melhor maneira possível. Especialmente em municípios pequenos há uma dificuldade muito grande em organizar uma prova e organizar concursos”, afirmou o secretário.
Barchini destacou que os entes federados terão autonomia para decidir como aplicar a avaliação do MEC e poderão manter seus próprios concursos se desejarem. “Há um incentivo muito grande que é a organização da prova, que não é algo simples. A gente vai economizar muitos recursos de estados e municípios que gastam bastante fazendo concurso. Então, diria que o maior incentivo que o estado e município poderia ter, além de uma boa seleção e a garantia de uma boa prova, realizada pelo Ministério, é essa questão de poder aderir gratuitamente e de poder economizar recursos para utilizar em outras fontes”, ressaltou, Barchini.
Quando questionado sobre o orçamento para o Enem dos professores, Barchini assegurou que os recursos já estão garantidos. “É algo que já está equacionado. Nós já temos recursos suficientes no Ministério para conseguir conduzir”, disse. Já em ao relação ao Pé-de-Meia para as licenciaturas, Barchini disse que a quantidade de bolsas dependerá da disponibilidade orçamentária.