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Na última semana, a morte de Moacir Veiga Junior, mais conhecido como Nuno, de 29 anos, durante uma partida de futebol, em Colombo, chamou a atenção para os riscos do chamado mal súbito. No Brasil, estima-se que 320 mil pessoas sejam vítimas desse tipo de morte por ano. segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cradíacas.

Para saber quais as causas desse tipo de morte e como se prevenir, conversamos com o chefe de cardiologia do Hospital Angelina Caron e diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dalton Précoma. Ele explica que, diferente do que a maioria das pessoas pensa, nem sempre um mal súbito é um infarto. “O infarto corresponde de 60 a 70% dos casos de mal súbitos, mas, eles também podem ser relacionados ao aparelho cardiovascular, que são os casos de arritmias cardíacas e aneurisma de aorta, por exemplo”. As doenças cerebrais, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), principalmente o hemorrágico, também são considerados mal súbitos.

O infarto, que corresponde à maioria dos casos de mal súbito, é a obstrução total de uma das artérias que irriga sangue para o musculo cardíaco. “Essa obstrução causa um dano grave ao músculo cardíaco, que se não for atendido rapidamente pode levar à morte das células”.

São sete os fatores de risco que podem ocasionar infarto: tabagismo, dislipidemia (presença de níveis elevados de gorduras no sangue), diabetes, pressão alta, obesidade, estresse e sedentarismo. “Fora esses fatores, 10% dos casos de infarto são atribuídos a fatores não modificáveis, que são sexo, genética e idade. Pessoas do sexo masculino, por exemplo, é o quem mais enfarta; a mulher empata com o homem depois da menopausa. Além disso, quanto maior a idade, maior é o risco de enfartar. Mas, vale lembrar que os jovens da atualidade enfartam mais, se relacionado com dados de alguns anos atrás”.  

No fator genética, segundo Dalton, é preciso considerar o histórico familiar. “A pessoa que tem o pai que morreu antes dos 55 anos por infarto ou a mãe que morreu antes dos 65 anos tem uma chance maior de enfartar. Para descobrir detalhadamente se há uma propensão, é preciso consultar um médico, fazer um levantamento dos fatores de risco e tratar o que for necessário”.

De acordo com ele, a maioria dos enfartes acontecem das 00h às 6h. “Os casos que acontecem durante alguma atividade física, são exceções. Os sintomas, durante uma atividade física são dor no peito, falta de ar ou palidez. Sentindo isso a pessoa tem que interromper a atividade e procurar imediatamente um médico”. Para descobrir se há propensão, tem que consultar um médico e fazer um levantamento dos fatores de risco e tratar o que for necessário.

Antes dos 35 anos, a maior causa de mal súbito são arritmias cardíacas. “Mas, há formas de tratar e evitar o pior se o que ocasiona a arritmia for diagnosticado. Se já há história na família por morte súbita, as chances são maiores. É preciso investigar com exames e médicos específicos”.

Como forma de prevenir mal súbitos, Dalton orienta o cuidado com os fatores de risco. “É preciso tratar aquelas doenças, sempre mantendo as medicações e orientações dos médicos. Uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física (acima de 150 minutos por semana) também são essenciais na prevenção. Em caso de qualquer sintoma, é preciso procurar um médico”.

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