As temperaturas em 2025 ficaram dentro ou abaixo da média em todas as regiões do estado durante o inverno, iniciado em 20 de junho. Esse cenário contrastou com os últimos três anos, em que a estação foi mais quente. As chuvas foram acima da média em junho, mas ficaram abaixo na maioria das estações meteorológicas do Simepar em julho e agosto.
De acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) e a estação em General Carneiro (Sul) do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), foram registradas 59 temperaturas abaixo de 0°C em 26 cidades do estado. Os dias 24 e 25 de junho foram os mais frios do ano, com a menor temperatura registrada em General Carneiro: -7,8°C em 25 de junho. No mesmo dia, Curitiba marcou -0,3°C, alcançando temperaturas negativas pela primeira vez desde julho de 2021, quando registrou -0,8°C. A data também foi marcada por geada negra em algumas regiões.
Em junho de 2025, as temperaturas caíram até dois graus abaixo da média histórica, exceto pela região de Cândido de Abreu, onde as mínimas ficaram levemente acima da média. As máximas ficaram dentro ou abaixo da média em todo o estado, com destaque para cidades próximas a Cianorte, no Noroeste, onde as tardes foram cerca de 2,8°C mais frias. Loanda registrou a máxima de 30,6°C no dia 28 de junho.
Em julho, cidades como Cerro Azul, Cornélio Procópio, Palotina, Santo Antônio da Platina e Cruzeiro do Iguaçu experimentaram temperaturas entre 2°C e 3°C abaixo da média histórica. A máxima de julho foi novamente em Loanda, com 33,2°C no dia 27, enquanto a mínima foi de -3,4°C em General Carneiro no dia 30. Curitiba, neste mês, ficou 83 horas consecutivas com temperaturas abaixo de 10°C, o período mais longo desde julho de 2013.
Agosto foi marcado por grandes amplitudes térmicas. As máximas chegaram a superar os 36°C em municípios como Antonina, Cerro Azul, Loanda, Capanema e Paranaguá, com destaque para Antonina, que registrou 37,6°C no dia 23. Ainda assim, todas as estações meteorológicas registraram médias térmicas iguais ou abaixo da história do período. Em Palotina, no Oeste, a média mensal foi 2,2°C inferior à média histórica, tornando agosto de 2025 o mais frio desde 2018. A mínima de agosto foi -1,6°C em General Carneiro no dia 10, e no dia 12, um acidente fatal em uma fábrica de explosivos em Quatro Barras foi atribuído, em parte, às baixas temperaturas registradas no local.
O mês de setembro manteve as características invernais. Até o dia 16, a mínima foi de 2,1°C no dia 11 em General Carneiro, enquanto a máxima foi de 37°C no dia 8 em Loanda.
O serviço Alerta Geada, do Simepar em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), encerrou sua 31ª edição no dia 19 de setembro, com 28 alertas emitidos entre maio e agosto. General Carneiro teve seis dias consecutivos de geada em agosto.
As chuvas foram irregulares durante todo o inverno. Em junho, a maioria das cidades monitoradas pelo Simepar registraram volumes acima da média. Em São Miguel do Iguaçu (Oeste), o acumulado foi de 387,4 mm, 277,4 mm acima da média histórica, enquanto em Cruzeiro do Iguaçu (Sudoeste), o total de 543,4 mm representou o maior valor mensal desde a instalação da estação em 2021. Contudo, em Santo Antônio da Platina, choveu 43,6 mm, 17 mm abaixo da média histórica do mês.
Em julho, apenas oito das 50 estações meteorológicas monitoradas registraram chuvas dentro ou acima da média histórica. Toledo, a cidade com maior volume de chuva, acumulou 101,6 mm, apenas 15,4 mm acima da média. A maioria das regiões ficou com volumes muito abaixo da média, com destaque para Telêmaco Borba, que acumulou apenas 11,8 mm, uma diferença de 82,7 mm abaixo da média histórica do mês.
Em agosto, a maioria das estações também registrou chuvas abaixo da média. Algumas localidades, como Cambará, sequer tiveram registro significativo de precipitação. Por outro lado, Pinhão (Centro-Sul) acumulou 113,5 mm acima de sua média histórica, enquanto Santa Helena (Oeste) teve 111,8 mm a mais que o esperado. Granizo também marcou o clima em agosto, afetando Castro (Campos Gerais) no dia 26, com prejuízos causados pela intensa precipitação em poucos minutos.
Até a primeira quinzena de setembro, nenhuma estação meteorológica atingiu a média de acumulado de chuvas. Historicamente, entretanto, a segunda quinzena do mês é a mais chuvosa.







