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Incêndios florestais caem 50% no Paraná em agosto, mas setembro seco preocupa autoridades

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) registrou uma redução de cerca de 50% nos incêndios em vegetação atendidos durante o mês de agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. Até o dia 10 de setembro de 2025, no entanto, já foram contabilizadas 5.770 ocorrências em todo o Estado, com destaque para a região de Londrina e Norte Pioneiro, que registraram 411 casos.

Os dados foram apresentados em uma reunião organizada pelo CBMPR, que contou com a participação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), brigadas municipais, brigadas voluntárias e instituições de ensino e pesquisa. O objetivo do encontro foi avaliar os atendimentos, apresentar prognósticos e alinhar novas medidas de prevenção e combate aos incêndios.

Durante a reunião, a CEDEC, representada pelo coronel Ivan Ricardo Fernandes e pelo major Daniel Lorenzetto, destacou a implementação de um novo contrato que permitirá o uso de aeronaves para o combate a incêndios florestais, com protocolos definidos para acionamento e registro das ações. Também foi ressaltada a existência de 87 brigadas municipais formadas no Paraná, que atuam em conjunto com brigadistas localizados em unidades de conservação.

Thais Michele Fernandes, coordenadora do Programa Prevfogo no Paraná e representante do Ibama, apresentou as ações desenvolvidas pelo órgão. Entre elas, foram mencionadas a atuação de brigadas indígenas e quilombolas contratadas, iniciativas de prevenção e campanhas de conscientização voltadas às comunidades locais.

O comandante-geral do CBMPR, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, enfatizou a relevância da integração entre diferentes instituições: “Essas reuniões permitem que todos tenham conhecimento do atual cenário dos atendimentos, além de possibilitar a troca de experiências e de informações meteorológicas, fundamentais para planejar as ações conjuntas de prevenção e combate”.

Apesar da redução no número de incêndios, o Simepar alertou para as condições climáticas previstas para setembro. De acordo com a análise, o mês deve ser mais seco, com pouca chuva no início e precipitações localizadas que não serão suficientes para atender todas as regiões do Estado. Esse cenário aumenta o risco de novos focos de incêndios florestais, exigindo atenção redobrada da população.

A capitã Luisiana Guimarães Cavalca, integrante da Câmara Técnica de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do CBMPR, pontuou a necessidade de medidas preventivas: “É fundamental redobrar cuidados quanto ao uso do fogo, fazer a destinação correta de restos de materiais vegetais, lixo e móveis, sem utilizar queimadas para eliminar esses resíduos. Na área rural, é essencial manter aceiros e áreas de separação de vegetação, reduzindo os riscos de propagação dos incêndios”.

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