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Hipertensão arterial: causas, sintomas e orientações para prevenção e controle

A hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é uma das doenças crônicas mais comuns no Brasil e no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,28 bilhão de pessoas convivem com a condição. No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que, em 2019, mais de 38 milhões de brasileiros receberam diagnóstico médico de pressão alta.

Segundo o médico Carlos Augusto Figueiredo Correia, da área de Clínica Médica do AmorSaúde, existem dois tipos principais de hipertensão. A primária, que é a mais comum, se desenvolve ao longo dos anos sem causas específicas identificáveis. Já a secundária está relacionada a outras condições de saúde, como doenças renais, distúrbios hormonais ou uso de certos medicamentos.

Além da classificação pelas causas, a hipertensão também é dividida em estágios, dependendo dos níveis de pressão arterial:

  • Pré-hipertensão: pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg e pressão diastólica abaixo de 80 mmHg;
  • Hipertensão estágio 1: pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg ou diastólica entre 80 e 89 mmHg;
  • Hipertensão estágio 2: pressão sistólica maior ou igual a 140 mmHg ou diastólica a partir de 90 mmHg;
  • Crise hipertensiva: pressionamentos sistólicos acima de 180 mmHg ou diastólicos acima de 110 mmHg, sendo uma situação grave que exige atendimento médico imediato.

Os números na medição da pressão arterial indicam a força do sangue nas paredes das artérias durante a circulação. Segundo Carlos Augusto Correia, o primeiro número, a pressão sistólica, corresponde à pressão quando o coração se contrai, enquanto o segundo número, a diastólica, refere-se à pressão entre os batimentos cardíacos. Uma medição de 12 por 8, por exemplo, indica uma pressão sistólica de 120 mmHg e diastólica de 80 mmHg. Valores acima de 13 por 9 podem sinalizar um quadro inicial de hipertensão, e quando ultrapassam 18 por 11, o quadro é considerado crítico.

A hipertensão está crescendo entre os jovens, embora seja mais comum em adultos e idosos. Um estudo da Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta que 10% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos apresentam pressão arterial elevada. Apesar do maior acesso à informação, hábitos prejudiciais, como consumo excessivo de energéticos, uso de cigarro eletrônico e exposição constante ao estresse digital, têm contribuído para o surgimento precoce da doença.

Um dos maiores riscos da hipertensão é que, muitas vezes, ela não apresenta sintomas evidentes, dificultando o diagnóstico precoce. Quando presentes, os sintomas podem incluir dor de cabeça, tontura, visão turva, falta de ar e palpitações. A longo prazo, a condição não controlada compromete órgãos como o coração, rins e cérebro, aumentando o risco de infarto, AVC, insuficiência cardíaca e declínio cognitivo.

Entre os fatores de risco, o médico destaca histórico familiar de hipertensão, alimentação rica em sódio ou alimentos ultraprocessados, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo, estresse e distúrbios do sono.

Embora não tenha cura, a hipertensão pode ser controlada por mudanças no estilo de vida e, quando necessário, pelo uso de medicamentos. Tecnologias como aplicativos de monitoramento, conectados a aparelhos de medição, auxiliam no diagnóstico precoce e na adesão ao tratamento. “A tecnologia pode ser uma grande aliada, desde que usada com responsabilidade e com o acompanhamento de um profissional de saúde”, afirma Correia.

A alimentação saudável é essencial no controle da pressão arterial. “O sódio presente em alimentos processados e enlatados contribui diretamente para o aumento da pressão arterial. Uma dieta balanceada prescrita por um nutricionista é um fator determinante na prevenção e no controle desta e de tantas doenças”, reforça o médico.

Fatores emocionais e a qualidade do sono também afetam os níveis de pressão arterial. Atividades como exercícios regulares, meditação, pausas no dia a dia e uma rotina de sono consistente ajudam a reduzir os impactos do estresse. “Criar uma rotina com horário regular para dormir e acordar contribui para o equilíbrio do organismo”, acrescenta Correia.

Para casos em que o uso de medicamentos é necessário, a adesão ao tratamento contínuo é fundamental. Segundo Correia, “muitos pacientes abandonam os remédios ao se sentirem bem, e isso é um grande risco. A adesão ao tratamento e a adoção de hábitos saudáveis são indispensáveis para o controle da pressão”.

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