O governo federal confirmou nesta quinta-feira (11) que o salário mínimo será reajustado de R$ 1.518 para R$ 1.621, representando um aumento de R$ 103, equivalente a um reajuste de 6,79%. A informação foi divulgada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como base no cálculo do reajuste anual do salário mínimo.
De acordo com o INPC, o indicador registrou 0,03% em novembro e acumula alta de 4,18% nos últimos 12 meses. O novo valor do salário mínimo entrará em vigor a partir de janeiro de 2026, com impacto no salário pago aos trabalhadores em fevereiro.
A regra de cálculo para o reajuste do salário mínimo prevê duas correções: uma baseada no INPC acumulado nos 12 meses até novembro do ano anterior, que foi de 4,18%, e outra que considera o crescimento da economia de dois anos anteriores. Em 4 de novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, confirmando um crescimento de 3,4%.
No entanto, o arcabouço fiscal, mecanismo que regula a evolução dos gastos públicos, estabelece que o aumento real, além da inflação, deve respeitar um limite entre 0,6% e 2,5%. Dessa forma, o salário mínimo de 2026 foi calculado em R$ 1.620,99 e, com o arredondamento previsto em lei, o valor final foi fixado em R$ 1.621, resultando no reajuste de 6,79%.
Com a divulgação dos índices, o governo precisará revisar as projeções para as contas públicas no próximo ano. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, aprovado pelo Congresso Nacional, havia estimado o salário mínimo em R$ 1.627, o que representaria um reajuste de 7,18%.







