Moradores e comerciantes da região sofrem com uma onda de furtos de cabos de energia elétrica e telefonia. Desde o início do ano, dezenas de condomínios e estabelecimentos comerciais foram prejudicados pela ação dos bandidos.
Além de arcar com os custos da instalação de uma nova fiação, as vítimas gastam com o reforço da segurança. Foi assim com Evandro Collere, proprietário da Academia Life, no Jardim Paulista, assaltada na madrugada do último domingo, dia 30. “Tivemos um prejuízo de R$ 2,5 mil, além dos custos com uma grade, que foi instalada para evitar um novo furto”. O estabelecimento teve a energia elétrica restabelecida só às 15h30 do dia seguinte.
A 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular, também no Jardim Paulista, foi furtada em fevereiro. “Testemunhas relataram que o assaltante chegou por volta das 5h30, sozinho, em uma Fiorino branca, equipado com escada e outros instrumentos. Como ele vestia o uniforme de uma operadora de telefonia, quem viu não desconfiou que fosse um assalto”, conta Lucio Mauro Aparecido Gonçalves, diretor de patrimônio da igreja. Além do prejuízo de aproximadamente R$ 6 mil na compra dos novos fios, após o episódio a igreja investiu em um novo sistema de segurança, inclusive com a instalação de câmeras de monitoramento. “Apesar de todas as informações e do grande esforço da Guarda Civil Municipal para elucidar o crime, não conseguimos encontrar o responsável pelo furto”, lamenta Lucio.
O personal trainer Cláucio Sgoda teve o seu estúdio, no Jardim Paraná, em Colombo, assaltado na segunda-feira, dia 31. “Cheguei para trabalhar por volta das 4h30 da manhã, percebi que minha sala estava sem luz, mas no resto da rua estava tudo normal. Então, fui no armário verificar o disjuntor e percebi que os cabos estavam cortados”. Ele ficou sem energia elétrica até às 13h. O proprietário do prédio gastou cerca de R$ 3 mil na compra dos novos cabos e na contratação da mão-de-obra do eletricista
ÓRGÃOS PÚBLICOS
O secretário de Ordem Pública e Segurança de Campina Grande do Sul, Jefferson Rosa Cordeiro, lembra que esses crimes causam prejuízos não só aos cidadãos, mas às prefeituras, pois eles também ocorrem em espaços públicos.
Um exemplo foi o furto de uma fiação na sede de Campina, na terça-feira, dia 1º, que deixou todo o trecho até o bairro Araçatuba por mais de 24 horas sem sinal da operadora de telefonia Oi, inclusive as repartições públicas municipais.
SUBNOTIFICAÇÃO
Como a maior parte das vítimas não registra boletim de ocorrência (BO), é difícil estimar a frequência com que casos como esses ocorrem.
“Esse tipo de furto tem ocorrido muito, mas, como quase nunca são registrados, não temos como precisar o volume. Há dez BOs no município desde o início do ano e sabemos que o número é bem maior ”, conta José Porfírio Rosa, sub-comandante da Guarda Civil Municipal de Campina Grande do Sul
ELUCIDAÇÃO
Estratégias para elucidar e inibir esse tipo de furto estiveram na pauta de uma reunião realizada na segunda-feira, dia 31, entre representantes da Guarda Civil Municipal de Campina Grande do Sul, Polícia Militar e Polícia Civil.
“É fundamental coibir esse tipo de ação de ponta a ponta, ficando a cargo da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar o patrulhamento preventivo e ostensivo. Já à Polícia Civil, cabe investigar e identificar os autores e receptores, que deverão responder criminalmente”, diz o secretário Jefferson.
Ele reforça que é importante a população informar qualquer situação suspeita, com o maior número de informações possíveis, como placas e características dos bandidos, e que sempre que ocorrer um furto, ele deve ser registrado também junto à Polícia Civil ou Polícia Militar.
