No dia 25 de julho, comemora-se o Dia do Escritor, uma data escolhida em 1960 pelo ex-ministro da Educação e Cultura, Pedro Paulo Penido, para homenagear os escritores brasileiros. Essa escolha se deu devido à realização do I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE), que aconteceu em 25 de julho de 1960.
Desde então, essa data é celebrada em todo o país, e diversos eventos são organizados para valorizar os autores e autoras da literatura brasileira, incentivando a leitura de suas obras. O Brasil possui grandes escritores reconhecidos nacional e internacionalmente, como Machado de Assis e Clarice Lispector.
A criação do Dia do Escritor ocorreu através de uma portaria assinada em 21 de julho de 1960 pelo então ministro Pedro Paulo Penido. Ele considerou o 25 de julho uma data significativa devido à realização do festival patrocinado pela UBE, uma instituição que contribui para a cultura nacional, estimulando a literatura e defendendo os direitos dos escritores.
Nesse dia, são realizadas solenidades e outros eventos em escolas, bibliotecas, academias e órgãos públicos para homenagear e reconhecer o trabalho e a vida dos escritores brasileiros. É uma oportunidade para refletir sobre as dificuldades enfrentadas por essa classe, tanto na produção e divulgação de seus trabalhos quanto em questões legais relacionadas aos direitos autorais.
O Dia do Escritor também é uma ocasião propícia para valorizar a literatura nacional e incentivar a leitura de obras brasileiras. Bibliotecas e editoras podem aproveitar a data para divulgar clássicos da literatura e apresentar obras contemporâneas de autores consagrados ou novos talentos. Nas escolas, a valorização da cultura brasileira é ressaltada através da divulgação das obras e informações sobre os seus autores.
Essa data é uma oportunidade para destacar as personalidades canônicas da literatura brasileira, reverenciando os grandes nomes e também resgatando autores e autoras que merecem reconhecimento por sua contribuição às artes e à cultura nacional.
Conheça os escritores e escritoras importantes do Paraná
Paulo Leminski (1944-1989)
Foi um notável curitibano reconhecido por sua habilidade em escrever poemas curtos e irreverentes, destacando-se como um dos principais autores da Poesia Marginal. Sua paixão pela cultura oriental o levou a se tornar um mestre na produção de Haicais. Além disso, Leminski deixou um legado diversificado, incluindo obras em prosa, canções e ensaios. Dentre seus trabalhos estão “Catatau” (1975), “Curitiba, Etecetera” (1976), “Hai Tropikais” (com Alice Ruiz, 1985) e “La vie en close” (1991), entre outros.
Helena Kolody (1912-2004)
Nascida na cidade de Cruz Machado, esta poetisa foi a primeira mulher a publicar Haicais no Brasil, motivo pelo qual manteve amizade com Paulo Leminski. As principais características de seus poemas estão ligadas à inquietação humana, natureza e exaltação à vida. Ela dedicou sua vida ao magistério e à escrita; também foi membro da Academia Paranaense de Letras. Entre suas obras se encontram: Paisagem interior (1945), Infinito presente (1980), Poesia mínima (1986), entre outras.
Dalton Trevisan (1925)
Um dos maiores escritores do Brasil, é natural de Curitiba e adquiriu prestígio por seus notáveis contos com tramas realistas e psicológicas ambientados em sua cidade natal. Conhecido por sua personalidade avessa à fama, ele raramente é visto ou fotografado, o que lhe rendeu o apelido de “Vampiro de Curitiba”, título de uma de suas obras. Dalton recebeu diversos prêmios, entre eles o Jabuti e o Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira. Sua obra inclui “Novelas nada exemplares” (1959), “Cemitério de elefantes” (1994), “O vampiro de Curitiba” (1996), “Pico na veia” (2003) e outros.
Emiliano Perneta (1866-1921)
Conhecido como o Príncipe dos poetas paranaenses, destacou-se na literatura simbolista do Paraná de sua época. Com forte influência do Parnasianismo, seus poemas apresentavam teor ultrarromântico ou pré-simbolista. Suas principais obras incluem “Ilusão” (1911), “Pena de Talião” (1914) e “Setembro” (1934).
Cristóvão Tezza (1952)
Embora nascido em Lages/SC, mudou-se para Curitiba ainda na infância, onde passou grande parte de sua vida. Desde 1979, ele escreve romances e contos, e suas obras foram agraciadas com diversos prêmios, incluindo o Prêmio Petrobras de Literatura, o Prêmio Machado de Assis e o Prêmio da Academia Brasileira de Letras. Entre suas principais obras estão “Trapo” (1988), “Aventuras provisórias” (1989), “Uma noite em Curitiba” (1995), “Breve espaço entre cor e sombra” (1998) e “O Fotógrafo” (2004).
Além desses autores, no estado Paraná há outros que também se destacam: Emilio de Menezes, Alice Ruiz, Domingos Pellegrini, Bárbara Lia, Amália Max, Jocy de Oliveira, José Carlos Veiga Lopes, entre outros.