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Delegacia especializada em crimes antigos aumenta número de prisões em 76,5% em 2024

A Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade (DHMC), da Polícia Civil do Paraná (PCPR), realizou 143 prisões de janeiro até 17 de outubro de 2024. Esse número representa um aumento de 76,5% em relação ao ano anterior, quando 81 capturas foram efetuadas. As prisões envolveram crimes diversos, incluindo roubo, estupro de vulnerável, tráfico de drogas e violência doméstica.

O Paraná se destaca por ser o único estado brasileiro com uma delegacia dedicada à solução de crimes antigos. O delegado Thiago Filgueiras explica que a prioridade da DHMC é o cumprimento de mandados de prisão com sentenças condenatórias transitadas em julgado.

“A atuação da delegacia inclui operações especiais e ações de saturação, que têm como objetivo aumentar a presença policial nas áreas mais afetadas pela criminalidade. Esses esforços têm sido fundamentais para a captura de foragidos e para garantir a segurança da população”, afirma o delegado.

Somente em outubro, nove foragidos foram presos. Em uma das operações, um condenado por roubo, com pena de cinco anos e quatro meses, foi capturado enquanto trabalhava em um posto de gasolina em São José dos Pinhais.

Na última quarta-feira (16), dois foragidos foram detidos no bairro Cidade Industrial de Curitiba. Um deles, vindo da Bahia, tinha dois mandados por roubo a mão armada, somando 13 anos de pena, e foi encontrado em uma ocupação irregular. O outro tinha sido condenado a 17 anos e quatro meses por organização criminosa e tráfico de drogas.

“Essas ações refletem o objetivo da PCPR de desarticular organizações criminosas e garantir a segurança da população usando técnicas de inteligência policial”, enfatiza Filgueiras.

A DHMC foi criada em 2014, em Curitiba, em conjunto com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A delegacia investiga crimes não solucionados por delegacias comuns em até dois anos e herdou casos antigos de homicídios em Curitiba sem solução.

Os crimes apresentam desafios como dinâmica complexa dos fatos, depoimentos contraditórios e particularidades investigativas. Os policiais são treinados, aprofundam conhecimento em mobilidade social e urbana, além de estudarem a atuação dos grupos criminosos.

Foto: Fábio Dias/EPR.

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