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Defesa Civil percorre 176 municípios para apoiar novos prefeitos na gestão de emergências

O início de uma nova gestão nas prefeituras exige também a reorganização da Defesa Civil em âmbito municipal. Por isso, equipes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) estão visitando 176 cidades com novos prefeitos, orientando servidores sobre a relevância de ações preventivas e a estrutura necessária para lidar com possíveis tragédias.

Os técnicos estaduais têm como objetivo instruir os novos gestores sobre o acesso ao sistema estadual, além de processos como registro de ocorrências e decretos, pedidos de auxílio e a atualização dos planos de contingência, nos quais são descritas as medidas a serem adotadas em situações de emergência.

Cidades como Porto Rico (Noroeste), Quedas do Iguaçu (Centro-Sul), Nova Prata do Iguaçu (Sudoeste), Marechal Cândido Rondon e Foz do Iguaçu (Oeste) foram incluídas no calendário de visitas, previsto para ser concluído em 14 de março. Recentemente, equipes estiveram em municípios do Noroeste, como Santa Cruz de Monte Castelo, Querência do Norte, Nova Londrina, Itaúna do Sul, Diamante do Norte, Loanda, Terra Rica, Ivaiporã e Paranavaí.

“Destacamos 41 funcionários do nosso quadro para percorrer o Estado durante esse período. É essencial as prefeituras organizarem a Defesa Civil com a mesma velocidade que as principais secretarias. Emergências não têm hora para acontecer”, afirmou o coordenador executivo da CEDEC, tenente-coronel Ivan Ricardo Fernandes.

O capitão Julian Waldrigues, chefe do 2º Núcleo de Atuação Regional, lidera a equipe que está em missão no Norte do Paraná. “As visitas que realizamos estão focadas na reestruturação da Defesa Civil, instigamos as prefeituras a se organizarem de maneira adequada e perene. Na região onde passamos foram relatadas algumas situações, especialmente aquelas relativas às cheias do rio Ivaí. No ano passado o governo destinou veículos para diversas prefeituras, o que tem ajudado nos atendimentos”, explicou Waldrigues.

Em Nova Londrina, município de 12 mil habitantes, a principal preocupação são os vendavais e chuvas de granizo. Segundo o agente Paulo Roberto Benedito, a prefeitura pretende ampliar o Posto da Brigada Comunitária e construir um depósito para aumentar o estoque de lonas e telhas. “Quando tem um vendaval ou granizo que afeta umas 300 casas, não conseguimos atender, na região ninguém tem esse suporte para oferecer. Essas visitas da CEDEC mostram a força que a Defesa Civil precisa ter”, afirma Benedito. Ele também destacou a importância de gestores estarem familiarizados com o sistema de registro de ocorrências: “Se o município não dá atenção para essa área, quando acontece alguma coisa precisa pedir ajuda para os vizinhos que têm um pouco mais de conhecimento.”

No Litoral, a Defesa Civil Estadual concentra grande parte do efetivo, auxiliando os sete municípios da região. Uma base móvel foi instalada em Pontal do Paraná para monitorar as condições climáticas, sobretudo nos locais de maior concentração de pessoas. Historicamente, o Litoral apresenta alto índice de ocorrências no verão, e por isso todas as prefeituras da área receberam visitas das equipes da CEDEC.

Na cidade de Paranaguá, o prefeito Adriano Ramos teve que lidar com os impactos de uma chuva de 100 mm nos primeiros dias de sua gestão, que alagou quatro bairros. “Já havia uma estrutura da Defesa Civil pronta independente da gestão. O que nós pretendemos fazer é ampliar. O envolvimento da Defesa Civil Estadual foi fundamental por conta da experiência. O pessoal participou ativamente. Faremos um treinamento para aumentar a nossa Defesa Civil com mais pessoas, inclusive voluntários, para que quando ocorrer situações como essa o pessoal possa atender melhor a população”, afirmou Ramos.

Pontal do Paraná, sob a gestão do prefeito Rudão Gimenes, busca reorganizar sua equipe e lidar com problemas de transbordamento do rio Peri. “Essas visitas são importantes para estarmos integrados com o Estado e alinhar com a minha equipe que vai assumir agora. Essas iniciativas ajustam necessidades dos sete municípios porque o que acontece num local muitas vezes impacta em outro”, explicou Gimenes. Ele pontuou ainda a importância de ações integradas e de estar preparado para emergências: “As pessoas têm que saber quais as suas funções, quem acionar num momento crítico.”

Ainda no Litoral, Antonina e Morretes, afetadas por vendavais no início do ano, receberam orientações da Defesa Civil Estadual. Os municípios solicitaram e receberam ajuda humanitária do governo no início do mês para mitigar os danos causados pelos desastres.

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