A Defesa Civil Estadual incorporou 44 servidores do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV). Os novos integrantes, bombeiros da reserva com vasta experiência no atendimento a emergências, concluíram um curso de nivelamento nesta sexta-feira (06), com duração de dois dias. A medida é parte de um esforço estratégico da Defesa Civil para aprimorar ações de prevenção e mitigação de desastres no Paraná, que tem enfrentado grandes enchentes e deslizamentos nos últimos anos.
“São profissionais que tiveram no mínimo 30 anos no Corpo de Bombeiros, então eles já atuaram em muitas situações e estão familiarizados com o processo da Defesa Civil”, afirmou Ivan Fernandes, coordenador executivo da Defesa Civil Estadual.
Os militares vão atuar nos 10 Núcleos de Atuação Regional (Nars), fortalecendo a prevenção e orientação aos municípios, além de ajudar na atualização dos Planos de Contingência. Segundo o tenente-coronel Ivan Fernandes, o trabalho será crucial especialmente durante as trocas de gestão municipal, período em que também ocorrem mudanças nas equipes de Defesa Civil. “Nesse período em especial, quando há troca de prefeitos, muitas vezes acontece também a troca das equipes municipais de Defesa Civil. Eles terão papel importante nesses processos. E mesmo nas situações de desastre, eles serão o nosso ponto focal, principalmente no Interior do Estado”, explicou.
Em 2023, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) lançou dois editais para convocar servidores da reserva, com diferentes funções destinadas à Defesa Civil. Antes de assumir as funções, os convocados foram submetidos a exames de saúde e testes físicos. O curso, com carga de 16 horas, abordou aspectos fundamentais da Defesa Civil, com foco na legislação e nos procedimentos para identificação e registro de riscos de desastres. Os participantes também receberam formação no uso de sistemas e tecnologias empregados no setor.
O sargento Edivaldo Antunes, de Paranavaí, que estava há seis anos na reserva, destacou a importância da oportunidade: “Era o que queria, minha intenção era voltar. Eu já atuava nessa área, fazendo o mapeamento de risco dos municípios. Agora com esse curso aprendemos coisas que eu não tinha conhecimento, sem falar que ajuda a gente a falar a mesma língua”, avaliou.
O primeiro sargento Enio Vilela, de Curitiba, ex-integrante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), comentou: “Eu trabalhei na área operacional do Corpo de Bombeiros e agora com a Defesa Civil a gente vai interagir com atividades muito parecidas. Esse curso nos capacita para essa parte das leis, o que é novo pra mim.”
Já o primeiro sargento Amarildo de Lima, de São José dos Pinhais, destacou os novos conhecimentos adquiridos: “Esse curso trouxe novos aprendizados, principalmente na teoria porque na prática conheço bem depois de 35 anos nos Bombeiros.”