A zeladora e promotora de vendas Izabel Azevedo, de 51 anos, passou 15 dias sem atender ligações ou responder mensagens de números desconhecidos, temendo ser vítima de golpes. O que ela não sabia é que as ligações eram da equipe do programa Nota Paraná, informando que ela havia ganhado um prêmio de R$ 100 mil no sorteio de julho.
Moradora do bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, Izabel garantiu sua participação no sorteio ao cadastrar o CPF em notas fiscais de compras realizadas no estado. Ela foi uma das sorteadas no concurso realizado em 7 de julho. Como não verificou o saldo no aplicativo do programa e ignorou os contatos da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), a equipe decidiu recorrer a uma abordagem presencial para dar a notícia.
“Tentamos ligar para ela já no dia do sorteio, mas sem sucesso. Então, mandamos mensagem e vimos que ela bloqueou nosso número na sequência. Até tentamos avisá-la pelas redes sociais, pelos perfis oficiais do programa e da secretaria, mas nem isso funcionou. Então tivemos que vir bater na porta mesmo. Uma comunicação à moda antiga”, relatou Marta Gambini, coordenadora do Nota Paraná.
Surpresa e ainda desconfiada, Izabel explicou por que recusava os contatos: “Eu vi que tinha um monte de ligações, mas eu não quis atender por achar que seria mais uma tentativa de fraude. Só que, dessa vez, eu deveria ter atendido”. A história de Izabel reflete um problema recorrente enfrentado pelo programa: o uso indevido de seu nome por golpistas para aplicar fraudes.
Marta Gambini reforçou a importância de os participantes confirmarem a autenticidade das comunicações diretamente no aplicativo oficial do Nota Paraná. “É natural que as pessoas fiquem desconfiadas quando recebem uma ligação ou uma mensagem dizendo que ela ganhou um prêmio. No caso do Nota Paraná, no entanto, é muito fácil confirmar a veracidade da informação. Basta acessar o aplicativo do programa e verificar se há algum aviso de bilhete premiado”, orientou Marta.
Ela ainda destacou que a equipe do programa não solicita dados pessoais sensíveis, não envia links e jamais exige pagamentos. “O nosso contato é sempre confirmando dados que já temos e pedindo para que a pessoa abra o aplicativo. Só que, para isso, a pessoa tem que nos dar uma chance e atender a ligação”, disse ela, em tom de brincadeira.
Após confirmar a legitimidade da notícia, Izabel agora celebra a reviravolta inesperada em sua vida. O caso serve como alerta para os participantes do Nota Paraná: é essencial conferir os resultados e estar atento às comunicações oficiais, pois nem sempre chamadas de números desconhecidos são tentativas de fraude.
