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Curitiba registra 4.209 pessoas em situação de rua e é a nona capital do país no ranking de março de 2025

Ao todo, 4.209 pessoas não têm onde morar na capital paranaense. É isso o que aponta um levantamento feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais. O estudo, divulgado em 14 de abril, foi feito com base nos dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) sobre o CadÚnico. No período de um ano houve um aumento de 13,47% de pessoas em situação de rua. Conforme esses dados, em dezembro de 2023, havia 3.740 pessoas em situação de rua em Curitiba. No mesmo período de 2024, eram 4.244. Porém, o estudo indica que nos últimos três meses houve queda de 0,88% – entre dezembro de 2024 e março de 2025.

Ao todo, no Brasil, o número de pessoas vivendo em situação de rua registradas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal, em março deste ano, chegou a 335.151. Se comparado ao registrado em dezembro de 2024, quando havia 327.925 pessoas nessa situação, houve um aumento de 0,37% no primeiro trimestre deste ano. No Brasil, o relatório demonstra que o CadÚnico registrou em março de 2025:

– 9.933 crianças e adolescentes em situação de rua (3%);
– 294.467 pessoas em situação de rua na faixa etária de 18 a 59 anos (88%);
– 30.751 idosos em situação de rua (9%);
– 84% são pessoas do sexo masculino.

Em relação à renda, 81% (272.069) das pessoas em situação de rua sobrevivem com até R$ 109 por mês, correspondente a 7,18% do salário mínimo, hoje R$ 1.518. Mais da metade (52%) das pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental ou não têm instrução. A maioria são pessoas negras. Esse percentual é mais que o dobro do total da população brasileira que não completou a escolaridade básica ou em condição de analfabetismo, de 24%, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A baixa escolaridade dificulta o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades, sugere a pesquisa.

A Região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua do país, o equivalente a 208.791 pessoas. Em seguida, figura a Região Nordeste, onde 48.374 pessoas (14%) estão em situação de rua. Na Região Sul, são 42.367 (13%), na Região Centro-Oeste, 19.037 (6%), e na Região Norte, 16.582 (4%) indivíduos estão nesta condição de vulnerabilidade social. A análise revela que quatro em cada dez pessoas que vivem na rua no Brasil se encontram no estado de São Paulo (42,82% do total da população em situação de rua). O segundo estado é o Rio de Janeiro com 30.997 pessoas em situação de rua ou 10%, sucedido por Minas Gerais, com 30.355 pessoas.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) declarou que tem investido “de forma contínua no fortalecimento do acolhimento e da proteção de adultos e famílias em situação de vulnerabilidade, contribuindo para a inclusão social e o enfrentamento das desigualdades”.

O ministério listou as ações do governo federal nesta temática e detalhou que recursos da União são usados para fortalecer os centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). Esses locais oferecem serviços como refeições, espaços para higiene pessoal, apoio na emissão de documentos e outras atividades essenciais. De acordo com o MDS, há ainda o custeio do funcionamento do Serviço de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), voltado para apoiar famílias e pessoas em situação de risco social ou que tiveram direitos violados. O serviço é ofertado, obrigatoriamente, em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

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