Com a chegada das baixas temperaturas e do frio intenso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) faz um alerta sobre a importância de cuidados específicos com a saúde das pessoas idosas. Esse grupo, mais vulnerável ao frio, enfrenta maior dificuldade na regulação da temperatura corporal e no controle de doenças crônicas, que podem se agravar neste período.
Entre os principais riscos à saúde dos idosos no frio estão doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral e angina (dores ou desconforto no peito). Essas condições são intensificadas, pois o frio contrai os vasos sanguíneos e sobrecarrega o coração. Doenças respiratórias, como gripe, resfriado e Covid-19, são também mais comuns nessa estação devido ao maior tempo em ambientes fechados e à queda da imunidade. Condições como pneumonia, bronquite, asma e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são fontes de preocupação crescente.
A hipotermia também é um risco significativo. Essa queda na temperatura corporal para menos de 35°C pode indicar infecções ocultas, como pneumonia ou infecção urinária, exigindo atenção médica imediata. O frio ainda agrava dores crônicas, além de problemas dermatológicos, como ressecamento da pele.
A Sesa reforça medidas de prevenção, como o uso de roupas em camadas, luvas e meias de lã, além de manter os ambientes aquecidos e ventilados. É importante cuidar da hidratação, optar por uma alimentação equilibrada e evitar alimentos calóricos e gordurosos. Manter a higiene pessoal e realizar atividades físicas leves em lugares protegidos do frio também ajudam no bem-estar físico e emocional.
Nas Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas (ILPIs), as medidas de proteção devem ser rigorosas. A Sesa recomenda protocolos de biossegurança como higienização das mãos, uso de EPIs, monitoramento contínuo de sintomas, controle das visitas e atualização das vacinas dos idosos e da equipe. A articulação com a Atenção Primária à Saúde (APS) é essencial para garantir cuidado integral e acompanhamento clínico.
A vacinação é considerada uma medida indispensável. A imunização contra a gripe (influenza) e a Covid-19 reduz complicações graves e mortalidade, além de prevenir eventos cardiovasculares, como infarto. No Paraná, porém, a cobertura vacinal desse público ainda é baixa: apenas 55% dos idosos foram vacinados contra a gripe, enquanto a meta do Ministério da Saúde é de 90%.
As vacinas estão disponíveis gratuitamente em todas as unidades de saúde do Estado. “Proteger a saúde da pessoa idosa durante o inverno é um dever coletivo. São ações que envolvem o cuidado individual, o apoio das famílias, o trabalho dos profissionais de saúde e a atuação das políticas públicas”, alerta o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Vacinação, ambientes adequados, alimentação saudável, atenção médica e cuidado humanizado são fundamentais para que as pessoas idosas vivam esse período com segurança, dignidade e qualidade de vida.”
