O mau hálito em cães e gatos, também chamado de halitose, é um problema que incomoda tutores e pode indicar questões de saúde no animal. Muitas vezes, a halitose está relacionada ao acúmulo de tártaro e placa bacteriana nos dentes, que favorecem a proliferação de bactérias e deixam o hálito desagradável. Em casos mais graves, pode ser um indício de doenças como complicações renais, hepáticas ou gastrointestinais, que requerem atendimento veterinário imediato. Portanto, o hálito do pet não deve ser negligenciado.
Além do desconforto, o mau hálito pode prejudicar a qualidade de vida do animal, causando dor, inflamações e dificuldade na alimentação. No entanto, existem cuidados simples que podem prevenir ou controlar o problema, garantindo uma boca saudável para os pets e evitando problemas mais sérios. Confira as dicas a seguir!
1. Escovação regular dos dentes
A escovação é a forma mais eficaz de prevenir o mau hálito em cães e gatos. É fundamental utilizar escova e creme dental próprios para pets, já que produtos destinados aos humanos podem ser tóxicos para os animais. A escovação ajuda a remover restos de alimentos e placa bacteriana, principais causas do odor.
Luciana Capirazzo, médica-veterinária especializada em odontologia veterinária, recomenda a escovação diária, com duração de 5 minutos, utilizando movimentos circulares. “De preferência, no mesmo horário, para que se torne um hábito”, orienta.
2. Uso de petiscos funcionais
Além da escovação, há no mercado produtos que complementam a higiene bucal dos pets. “Existem, no mercado, petiscos voltados para a saúde oral, enxaguantes bucais e produtos para colocar na água que o animal bebe”, afirma Luciana Capirazzo. Os petiscos, em especial, estimulam a mastigação, reduzem a formação de tártaro e ajudam a refrescar o hálito. Contudo, deve-se oferecê-los com moderação e sempre sob orientação veterinária. É importante lembrar que essas opções não substituem a escovação.
3. Brinquedos que ajudam na limpeza
Brinquedos de borracha ou nylon também podem ser aliados na manutenção da saúde bucal dos animais. Quando mastigados, esses itens promovem uma espécie de escovação natural, auxiliando na remoção de resíduos alimentares. Além disso, estimulam o comportamento natural de roer, fortalecendo os dentes de forma divertida e contribuindo para um hálito mais agradável.
4. Alimentação adequada
A alimentação tem impacto direto no hálito dos pets. Rações secas, por exemplo, estimulam a mastigação e reduzem o acúmulo de resíduos entre os dentes. Já alimentos caseiros oferecidos sem orientação veterinária podem agravar o problema e causar odores desagradáveis. Para evitar complicações, é importante ajustar a dieta do animal de acordo com a orientação de um profissional.
5. Hidratação constante
A água desempenha um papel essencial na saúde bucal dos animais. Ela ajuda a eliminar partículas de alimentos e mantém a boca mais limpa. Além disso, a hidratação adequada evita o ressecamento da mucosa, que pode intensificar o mau cheiro. Sempre garanta que o pet tenha acesso a água fresca e limpa ao longo do dia.
6. Limpeza profissional com o veterinário
Em alguns casos, a escovação diária não é suficiente para eliminar o tártaro acumulado. Nesse cenário, a limpeza profissional é recomendada. Esse procedimento, realizado por um veterinário e geralmente sob anestesia, utiliza equipamentos específicos para remover o acúmulo de tártaro. Ele previne complicações como gengivite e perda dentária.
7. Consultas regulares ao veterinário
O mau hálito pode ser um sintoma de condições mais graves, como problemas renais, hepáticos ou gastrointestinais. Consultas regulares ao veterinário são fundamentais para identificar e tratar qualquer anomalia precocemente. O acompanhamento profissional garante o bem-estar do animal e ajuda a manter sua saúde em dia.
