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Como identificar sinais de qualidade no café que consumimos diariamente

Nesta semana, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou uma nota alertando para a reprovação de lotes de três marcas de café em testes de qualidade realizados nos últimos meses. Produtos das marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial apresentaram materiais estranhos e impurezas em sua composição, oferecendo riscos à saúde dos consumidores. A alta nos preços do café tem contribuído para a chegada de produtos chamados “café fake” ao mercado, classificados como “pós para preparo de bebida com sabor de café”. As marcas reprovadas situam-se dentro dessa categoria, que, apesar de mais barata frente ao café tradicional, apresenta grandes chances de problemas.

Muitas pessoas apreciam um café, mas poucas conseguem identificar sinais de baixa qualidade. Para ajudar, especialistas compilaram características que podem indicar problemas no café, seja antes, durante ou após o preparo.

No aroma (antes de preparar):

  • Cheiro de queimado ou carvão: indica torra excessivamente escura, usada para mascarar defeitos dos grãos. Um bom café deve ter aroma floral, frutado, achocolatado ou de castanhas.
  • Cheiro rançoso, azedo ou “estranho”: pode indicar que o café está velho ou que os óleos oxidaram. Um café fresco possui aroma forte e convidativo.
  • Aroma fraco ou inexistente: um café de qualidade deve ter um aroma perceptível mesmo antes do preparo.

No grão (se comprado em grãos):

  • Grãos muito gordurosos ou muito secos: grãos de boa qualidade não devem ser nem excessivamente oleosos nem quebradiços.
  • Grãos fraturados, rachados ou quebrados: uma embalagem com mais de 25% de grãos danificados pode indicar baixa qualidade.
  • Grãos com cores desiguais: sugerem torra inconsistente ou mistura de grãos de qualidades diferentes.
  • Grãos pretos ou ardidos: indicam defeitos sérios, como apodrecimento ou fermentação inadequada.

Durante o preparo:

  • Ausência de “crema” (no espresso): em cafés expressos, a falta de uma camada dourada densa pode significar grãos velhos ou de baixa qualidade.
  • Café com aspecto aguado: mesmo seguindo a proporção correta, a bebida rala aponta para grãos inferiores.

No sabor (depois de pronto):

  • Amargor excessivo e desagradável: embora o amargor seja natural, ele deve ser equilibrado. Um sabor “queimado” muitas vezes surge de grãos ruins ou torra excessiva.
  • Sabor adstringente: sensação que “amarra” a boca, como uma banana verde, indica grãos colhidos verdes.
  • Gosto de mofo, terra ou madeira: indica problemas de armazenamento ou grãos defeituosos.
  • Acidez desequilibrada: acidez muito alta (azeda) ou muito baixa (achatada) pode apontar para defeitos.
  • Sabor insípido: um café sem destaque no sabor geralmente é velho ou de baixa qualidade.
  • Gosto de “rio” ou “riado”: sabores químicos ou fermentados, comuns em cafés de pior qualidade.

Além do preço: outros fatores importantes

  • Data de torra: prefira cafés que informem a data de torra, além da validade. Cafés mais frescos têm melhor sabor e aroma.
  • Tipo de grão: dê preferência a cafés 100% Arábica, conhecidos por sabores suaves, aromáticos e complexos. Embora Robusta tenha mais cafeína e seja usado para misturas, tende a ser mais amargo e utilizado em cafés comerciais de menor qualidade.
  • Embalagem: opte por embalagens com válvula unidirecional e vedação hermética, que preservam o frescor.

Por fim, confie nos sentidos. Uma experiência completa com café deve envolver aroma, sabor e sensação na boca. Caso algo pareça fora do normal, é um indício de que o produto não é de boa qualidade. Com o tempo, o paladar e o olfato podem se aprimorar, facilitando a identificação de cafés superiores.

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