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Chuva em outubro supera a média histórica em quatro cidades do Paraná, aponta Simepar

A primavera, conhecida por sua maior incidência de tempestades, tem chamado a atenção no Paraná em outubro. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a média histórica de chuvas para o mês já foi atingida em quatro estações meteorológicas na segunda-feira (20). Em algumas localidades, o volume registrado ultrapassou a média mensal 11 dias antes do fim de outubro.

Cornélio Procópio, por exemplo, ultrapassou a média histórica de 146,6 mm, registrando acumulados de 171,6 mm. Guaíra também superou sua média de 190,1 mm, alcançando 190,6 mm. Já Maringá, cuja média mensal é de 160,8 mm, registrou 171 mm. Em Paranaguá, a média de outubro de 138 mm foi superada com um volume de 146,4 mm.

“Isso acontece em função da situação meteorológica do Sul e do Sudeste do Brasil. São regiões onde a formação de tempestades é favorecida pelas condições de umidade vinda da Amazônia, do contraste de temperaturas na Primavera e também da instabilidade geral da atmosfera, que é muito maior nesse período”, explica Marco Jusevicius, coordenador de operações do Simepar.

Segundo Jusevicius, as tempestades se formam devido ao levantamento de ar na região. Durante esse processo, a umidade presente no ar em elevação se condensa, formando nuvens que, alimentadas por mais calor e umidade, crescem em intensidade. “Isso pode acontecer pela passagem de sistemas frontais que levantam o ar da parte mais baixa para a parte mais alta da superfície, pelo movimento do ar subindo escarpas montanhosas, ou mesmo por convecção local, onde há diferenças de temperatura na superfície que fazem com que o ar se movimente e suba nessa direção”, detalha.

O especialista ainda ressalta que quase toda nuvem de tempestade contém granizo. “A altura em que estas nuvens estão ultrapassa a linha de zero grau de temperatura do ar. Então, boa parte de toda a umidade que tem lá pode ser convertida em gelo. O gelo presente dentro das nuvens é sustentado pelas correntes ascendentes, que são ventos que vêm da superfície, dentro da nuvem, para as partes mais altas”, explica Marco.

No entanto, nem sempre o granizo cai, pois as partículas de gelo podem permanecer na nuvem se forem pequenas o suficiente para serem sustentadas pelas correntes ascendentes. “Dentro da nuvem elas continuam crescendo, e quando atingem um determinado tamanho que faz com que consigam vencer a velocidade do vento que as sustenta, elas se precipitam na superfície da terra”, afirma Jusevicius.

Embora a meteorologia possa prever condições favoráveis para a queda de granizo, não existem equipamentos no Brasil capazes de confirmar a ocorrência do fenômeno. Por isso, registros visuais, como fotos e vídeos, são fundamentais. O Simepar disponibiliza um formulário para que a população contribua com suas observações, facilitando a análise desses eventos.

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